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Clique para ampliar a imagem Grandes altitudes são terreno ideal para motores turbo como o do Frontier, que mostra desempenho convincente em qualquer situação de uso Clique para ampliar a imagem

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Inconvenientes: o ruído do motor de 2,8 litros e 132 cv, o mesmo do S10, e a suspensão traseira muito dura, como é regra nos picapes a diesel

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Por outro lado, são pontos negativos o comutador de farol (pode-se acender já no facho alto sem se saber antes), espelho de cortesia apenas no pára-sol do passageiro, antena muito alta (chega a bater em certos acessos de garagem e não é telescópica) e botão do pisca-alerta discreto e fora do campo visual ao volante. Ainda, faltam faixa degradê no pára-brisa, a função uma-varrida do limpador, cinzeiro e acendedor de cigarros (até então só ausentes de carros bem mais baratos) e... relógio! Também não há proteção plástica na caçamba, que pode se riscar com facilidade.

Como no S10   Um dos efeitos da nacionalização do Frontier foi a troca do motor japonês, da própria Nissan, pelo da MWM brasileira. É o mesmo do S10, com turbocompressor e resfriador de ar, que não equipavam o anterior, resultando em potência e torque bem maiores, mesmo com menor cilindrada (caiu de 3,15 para 2,8 litros): passou de 103 para 132 cv e de 21,6 para 34,7 m.kgf.

Como no picape da GM, seu desempenho é bem convincente (veja simulação ao lado), podendo acompanhar o fluxo na cidade e na estrada sem dificuldade. Ou mesmo superá-lo, já que a velocidade máxima de mais de 160 km/h indica como é tranqüilo para esse turbodiesel manter o ritmo de 120 a 130 km/h em viagem. Só que há alguns problemas.

Um, o nível de ruído: se no interior está dentro do aceitável, fora do veículo o motor é bastante barulhento no uso urbano e em marcha-lenta, chegando a constranger quem não gosta de incomodar os vizinhos — um revestimento fonoabsorvente sob o capô poderia reduzir o problema. Só se torna mais silencioso em alta velocidade na estrada, com a rotação estabilizada.

Quem passa de um automóvel para este picape não vai se esquecer de que está em um utilitário, e não só pela altura ou pelo tec-tec-tec do motor. Exigem certo esforço o câmbio, a liberação do freio de estacionamento, a direção em baixa velocidade (apesar da assistência) e o acelerador no final do curso, o que se torna cansativo em viagem — já era assim no Frontier de 1998, aliás. Talvez o fabricante pretenda inibir o uso de acelerador mais aberto para reduzir o consumo, já que em motores diesel não se aplica o benefício do método carga, mas seria melhor deixar essa decisão para o motorista.

Não acabou: a suspensão traseira muito dura, como em quase todo picape a diesel, sacrifica os ocupantes em nossas ruas de tantas irregularidades. Os enormes pneus podem ter influência no desconforto, já que são mais pesados e captam mais irregularidades do piso que os mais estreitos. Assim como o banco traseiro, esse é um inconvenientes dos mais sérios nos picapes e reforça nossa posição de que tais veículos não servem para o transporte familiar, como tanto se vê. Continua

Simulação de desempenho
O Frontier saiu-se bem no Simulador de Desempenho do consultor Iran Cartaxo, um serviço exclusivo do BCWS. Apesar da aerodinâmica desfavorável (percebida pela necessidade de 52 cv para manter 120 km/h), os índices de desempenho o habilitam a acompanhar automóveis na faixa de 1,4 a 1,6 litro no trânsito e na estrada.

A curva de torque generosa do motor turbodiesel (veja figura) permite o uso de relações de marcha longas, mas a marca optou por um câmbio relativamente curto, que "enche" a quinta à velocidade máxima, superando em 200 rpm o regime de maior potência. O consumo é coerente com o peso do veículo e, somado ao menor preço do diesel, permite boa economia se comparado a um motor a gasolina.
Velocidade máxima 165 km/h
Regime à vel. máxima (5ª.) 3.800 rpm
Regime a 120 km/h (5ª.) 2.750 rpm
Potência consumida a 120 km/h 52 cv
Aceleração de 0 a 100 km/h 13,4 s
Aceleração de 0 a 400 m 18,5 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 35,0 s
Retom. 80 a 120 km/h (5ª.) 18,1 s
Retom. 60 a 100 km/h (4ª.) 11,3 s
Consumo em cidade 9,8 km/l
Consumo em estrada 14,4 km/l

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