Best Cars Web Site
Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Grafia dos instrumentos, pneus com maior limite de velocidade, um agradável pomo de câmbio: novos detalhes em um carro que foi substituído na Europa, mas ainda tem um ar moderno

Duas versões   O Focus usava até então duas variações do Zetec 2,0: uma de 126 cv, trazida do México e usada com câmbio manual, e outra de 130 cv, que vinha da Inglaterra, nos carros de caixa automática. Com o Duratec a duplicidade continua, mas o mais potente fica para o modelo manual: são 147 cv a 6.000 rpm e torque máximo de 19 m.kgf a 4.250 rpm (antes 18,1 m.kgf a 4.500 rpm). No automático muda apenas a potência, de 140 cv, à mesma rotação e com torque idêntico, salvo na casa centesimal. No entanto, a curva de torque desta versão é mais plana, com maior força em regimes até 3.000 rpm.

Como se espera, o ganho de desempenho (pelos dados do fabricante) foi importante: a velocidade máxima passou de 201 para 207 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h baixou de 11,2 para 9,8 segundos, com câmbio manual. No automático a melhora no 0-100 é mínima, de 12,3 para 12,2 s, mas a velocidade cresce de 189 para 195 km/h. Interessante é que o Duratec faz isso gastando menos que o Zetec (compare os números de desempenho e consumo).

As curvas de potência e torque fornecidas pela Ford — algo de que todo fabricante deveria dispor — indicam boa semelhança entre o novo motor de 147 cv e o antigo de 126 cv até 3.750 rpm, quando o Duratec passa a colocar boa vantagem. No caso do Focus automático, porém, o novo é superior em torque em quase toda a faixa de operação, com vantagem expressiva a 2.500 rpm, por exemplo, e vence em potência de 3.500 rpm em diante.

A Ford também aproveitou para nacionalizar a caixa manual, usando a mesma do EcoSport 2,0 (IB5 Plus), feita em Taubaté, em vez da argentina. Houve um ganho em conveniência, pois o engate da ré não mais requer o uso de um anel-trava, mas também uma perda: essa marcha não é mais sincronizada. As relações estão marginalmente mais longas, exceto a primeira, encurtada em 3% (o diferencial não muda). O câmbio automático também é novo e vem com diferencial 13% mais longo, medida bem-vinda, pois o anterior deixava a última marcha tão curta quanto a do manual, uma exceção à regra.

De resto, o Focus recebeu nova calibração de molas e amortecedores na frente, pneus Pirelli P7 com código de velocidade "V" (para 240 km/h), apenas com caixa manual, e grafia mais moderna nos instrumentos, mantendo a iluminação em verde. A única identificação externa é o logotipo 2.0 16V aplicado à tampa traseira, no lado direito; já o motor exibe com orgulho o nome Duratec em sua cobertura plástica. Há também o conjunto de acessórios ST, composto de defletor dianteiro, saias laterais e traseira, aerofólio, pomo de câmbio e pedais esportivos, soleira, tapetes e rodas de 16 pol — as mesmas da saudosa edição especial XR.

É de se perguntar por que a Ford não reedita essa série como versão de linha, pois alguns de seus elementos (como a suspensão mais baixa e firme) não são de fácil aplicação a um Focus comum. Também não foi desta vez que a marca atualizou seu desenho ao do modelo fabricado nos Estados Unidos. Em contrapartida, continuamos na torcida para que o painel do novo americano, de desenho sem inspiração, nunca venha para cá... Continua

Avaliações - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados