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Rocam revitalizado   Embora se trate de conhecido Zetec Rocam lançado em 1999, na mesma configuração de duas válvulas por cilindro acionadas por alavancas roletadas, o motor 1,6 tem diferenças para o utilizado por Fiesta e EcoSport. A Ford retrabalhou os sistemas de arrefecimento (com novas câmaras d'água no bloco e jato de óleo sob os pistões), admissão (com 20% menor restrição) e escapamento (30% menor contrapressão), para elevar a potência de 98 cv para 103 cv a 5.500 rpm e o torque máximo de 14,37 para 14,6 m.kgf a 2.750 rpm.

Ganhos em eficiência levaram a potência a 103 cv e o torque a 14,6 m.kgf, os melhores índices entre os 1,6 de oito válvulas da categoria -- e 90% do torque aparecem já a 1.500 rpm Clique para ampliar a imagem

São os melhores valores entre os 1,6 de oito válvulas da categoria, mas não só: 90% do torque (mais de 13 m.kgf) estão disponíveis de 1.500 a 5.500 rpm, o que se reflete em agradável agilidade, mesmo em marchas superiores. Tanto que não foi preciso encurtar demais a transmissão: apenas o diferencial ficou 4,6% mais curto, sendo as relações de marcha idênticas às do 1,8 16V. A 120 km/h em quinta o motor "sussurra" a 3.350 rpm, regime dos mais baixos nesta cilindrada, o que preserva uma das melhores características do carro.

Dirigido por ruas e estradas da região de Salvador, o novo Focus agradou. Chega a parecer mais ágil que o 1,8 nas rotações bem baixas, logo acima da marcha-lenta. De fato, a vantagem do motor maior em torque nos regimes médios, como a 1.500 e a 2.750 rpm, é de apenas 1 m.kgf. Só mesmo em alta rotação deixa o 1,6 bem para trás, atingindo o máximo de 16,1 m.kgf a 4.500 rpm.

Todo Focus agora tem faróis de duplo refletor e (exceto o GL) rodas de 15 pol. No
interior, instrumentos com fundo cinza e alarme com proteção por ultra-som, abaixo

O desempenho geral da novidade é plenamente satisfatório para uma versão de entrada, mesmo que se note a perda em regimes superiores — foi possível dirigir o Sedan 1,8 16V logo antes, para melhor comparação. O motor menor também parece mais áspero, embora tenha relação r/l melhor (0,29 contra 0,31), evidência de melhor absorção de vibrações pelo 1,8, e "corta" mais cedo, a 6.200 rpm, contra 6.800 do de maior cilindrada. Para o entusiasta a desvantagem é evidente, mas não para a maioria dos compradores-alvo desta versão.

Claro que, em números absolutos, o 1,6 perde: a velocidade máxima piora de 188 para 175 km/h, e a aceleração de 0 a 100 km/h, de 11,7 para 13 segundos (dados do fabricante). Mas há compensações: o consumo é pouco menor (11,7 km/l na cidade e 16,5 na estrada, segundo norma ABNT, ante 10,7 e 15 km/l do 1,8), o motor é nacional e utiliza corrente metálica para acionar o comando de válvulas, mais robusta que a correia dentada.

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O Sedan GLX é o único a manter o motor 1,8 16V, que cativa pelo funcionamento
e potência em alta rotação. Por R$ 39,6 mil, uma grande opção no segmento

A nova versão mantém os freios da 1,8, mas teve a suspensão recalibrada. Embora um pouco mais firme, mantém bom padrão de conforto; desapareceu o estabilizador traseiro, porém. De resto, virtudes como o ótimo comportamento dinâmico — é o único hatch do segmento com suspensão traseira independente — e os bons engates do câmbio (que tem a ré muito fácil, como uma sexta marcha) estão intocadas.

Apenas retoques   Embora um tanto atrasada — foi introduzida na Europa no Salão de Frankfurt há dois anos —, a discreta renovação de estilo do Focus foi bem-vinda. Ainda moderno, o carro não pedia intervenções mais extensas. Assim, a Ford limitou-se a adotar novos pára-choques, com faixa protetora de borracha; grade em padrão "colméia", que deixa à mostra elementos internos, um descuido; faróis de duplo refletor, há muito reivindicados pelo BCWS, com luzes de direção incorporadas; lentes dos repetidores laterais incolores; e novas rodas e calotas. Continua

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