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Coluna do meio

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Sem a agilidade do 1,6, mas não tão lento quanto o 1,0, o Fiesta
Sedan Supercharger apóia-se no preço para tentar se justificar

Texto e fotos: Fabrício Samahá
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Beleza e praticidade são pontos positivos do novo Sedan, que traz um amplo porta-malas (487 litros) e boas soluções de estilo na aplicação do terceiro volume

Dizem as teorias de marketing que oferecer três opções de um produto pode ser um bom meio de convencer o comprador a ficar com a do meio — se fossem apenas duas alternativas, ele talvez optasse pela primeira, a mais barata. Não se sabe se a Ford considerou isso ao definir o leque de versões do novo Fiesta Sedan, mas o fato é que o motor 1,0-litro Supercharger cumpre bem o papel de modelo intermediário entre o básico, com o 1,0 de aspiração natural, e o 1,6 flexível em combustível.

A melhor razão para escolhê-lo é a relação entre preço e desempenho. Por apenas R$ 1.010 além do valor do 1,0 aspirado, levam-se para casa 29 cv a mais, o que soa muito convidativo. Trata-se mesmo de um investimento recomendável, pois o motor menos potente deixa muito a desejar — se o Fiesta hatch já é um tanto lento, imagine-se o Sedan, que pesa mais e tem espaço para um grande volume de bagagem. No entanto, a satisfação com os comandos do pé direito no Supercharger está longe de corresponder às expectativas, diante da potência de 95 cv.

O compressor que a Ford aplicou ao Fiesta (leia mais sobre técnica) é mais usado em motores grandes, como o V8 de 4,2 litros da Jaguar, o de 5,4 litros da Mercedes-Benz/AMG e o V6 de 3,8 litros da GM americana e australiana. Propulsor de 1,0 litro com esse recurso, no mundo, é uma provável exclusividade dos modelos (ele e o EcoSport) fabricados em Camaçari, BA. Se para o leitor isso soa inovador, espere até dirigir o carro.

Quem está habituado à faixa de 1,4 a 1,6 litro decepciona-se de imediato ao sair: as respostas são lentas, típicas de modelos de 1.000 cm³. É preciso fazê-lo girar acima de 3.000 rpm para sentir o ímpeto que o compressor traz a esse pequeno motor. Só mesmo quem costuma andar nas ruas em ritmo de grande prêmio, com o ponteiro do conta-giros beirando o fim da escala, vai aprovar esse motor pequeno com uma superalimentação típica de propulsor grande.

Claro, existe uma razão para isso. Ligado ao motor por um sistema de polias, o que o faz "encher" à medida em que sobe a rotação, o compressor atua pouco em regimes bem baixos, como 1.500 rpm. Nessa condição de uso ele representa perda de potência — pois requer energia do motor para funcionar — e mal compensa a baixa taxa de compressão do motor. Em um seis ou oito-cilindros essa característica não incomoda, mas num 1,0-litro... Continua

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Data de publicação: 3/5/05

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