


Um exuberante motor V6 de
3,5 litros e 284 cv faz o Camry parecer bem mais leve do que é,
somado à calibração perfeita da suspensão |
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MOTOR
- transversal, 6 cilindros em V; duplo comando no cabeçote,
4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 94 x 83 mm.
Cilindrada: 3.459 cm3. Taxa de compressão: 10,8:1. Injeção
multiponto seqüencial. Potência máxima: 284 cv a 6.200 rpm. Torque máximo:
35,3
m.kgf a 4.700 rpm. |
CÂMBIO
- automático, 6 marchas; tração dianteira. |
FREIOS
- dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento
(ABS). |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica. |
SUSPENSÃO
- dianteira e traseira, independente McPherson. |
RODAS
- 16 pol; pneus, 215/60 R 16. |
DIMENSÕES
- comprimento, 4,815 m; largura, 1,82 m; altura, 1,48 m;
entreeixos, 2,775 m; capacidade do tanque, 70 l; porta-malas, 504
l; peso, 1.610 kg. |
DESEMPENHO - velocidade
máxima, 230 km/h; aceleração
de 0 a 100 km/h, 7,4 s. |
CONSUMO - em cidade, 7,1
km/l; em estrada, 13,5 km/l. |
Dados do fabricante |
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Há
controles de estabilidade e de tração
para ajudar no comportamento salutar, que entretanto não podem ser
desligados mediante interruptor. Desativá-los requer uma rotina
incrivelmente complexa e longa que envolve desligar motor, ligar de
novo, esterçar para um lado, pisar no freio duas vezes... Enfim, uma
seqüência claramente destinada a desestimular dirigir sem esses
auxílios.
O volante, de 38 cm de diâmetro com ajuste de altura e distância,
proporciona encaixe perfeito para os polegares e traz controles de
áudio, computador de bordo e ar-condicionado. O bom diâmetro mínimo de
curva de 11 metros associa-se às 3,2 voltas do volante entre batentes,
evidência de que o Camry não se destina apenas às largas ruas e avenidas
americanas. Os bancos dianteiros apóiam corretamente o corpo nas curvas
e trazem os ajustes tradicionais elétricos.
De seu posto, o motorista não tem a visão obstruída pela coluna esquerda
e os espelhos externos são duas "telas de TV", tão grande sua superfície
reflexiva, além de serem convexos
(esquerdo, biconvexo). Podem ser fechados por comando elétrico e, assim
como os vidros laterais, possuem tratamento para repelir água. O
pára-brisa traz faixa degradê, embora seja algo estreita e esverdeada em
vez da mais comum fumê, o que destoa um pouco. Há uma cortina enrolável
para o vidro traseiro, bem-vinda em um país tropical.
A segurança está no estado-da-arte da matéria: freios a disco nas quatro
rodas com ABS, distribuição eletrônica de
pressão entre os eixos, auxílio nas
freadas de emergência, bolsas infláveis dianteiras de
dois estágios e laterais, cortinas de
teto. O freio de estacionamento é a pedal e seu uso é fácil: aperta-se
para frear, aperta-se para destravar. Há um grande e definido apoio para
o pé esquerdo, lavadores de farol (xenônio
no baixo), retrovisor interno fotocrômico,
faróis e luz traseira de neblina, teto solar com comando elétrico,
controlador de velocidade e acionamento automático de faróis e limpador de
pára-brisa. O painel tem a conhecida iluminação Optitron da marca e
acende-se com a ignição.
O baixo e agradável ruído interno ao rodar é ajudado pela vedação dupla
das portas e pela aerodinâmica. Mesmo com vidros abertos o barulho de
vento é dos mais baixos. Pena que só o vidro do motorista (comandos na
porta esquerda) tenha função um-toque
para descer e subir e que não haja travamento automático ao iniciar
marcha, inaceitável num carro dessa categoria.
O Camry está disponível em cinco cores: bege, turquesa, cinza chumbo,
além da dupla preto-e-prata. A garantia é de três anos, com troca de
óleo do motor a cada 10.000 km e revisões a cada 20 mil quilômetros. E
não virá a versão de quatro cilindros, 2,4 litros e 158 cv, pois o
Imposto de Importação a tornaria cara diante de concorrentes desse
segmento, como Vectra, Accord
e Ford Fusion, estes últimos mexicanos.
Embora não seja um carro barato, o novo Toyota demonstra esmero nos
detalhes e uma mecânica de primeira linha, pelo que certamente vai
atrair bom número de compradores. |