

O painel inclui termômetro de
óleo e computador de bordo; a capacidade do porta-malas é boa, 468
litros, e o zero do logotipo 407 é o botão para abrir a tampa



O motor V6 de 211 cv vem
acompanhado de câmbio automático de seis marchas, rodas de 17 pol e
freios de maior diâmetro que no quatro-cilindros |
Desenhado pelo próprio centro de estilo da empresa, o 407 é o modelo que
levou mais longe os novos caracteres de desenho da Peugeot, como os
faróis alongados pelas laterais e a enorme grade em posição baixa, a
"boca de tubarão". A traseira é mais discreta no sedã, mas na perua foi
alvo de muita criatividade — até demais para alguns gostos —, com o
formato irregular das lanternas e as colunas em posição inversa ao
usual. A Peugeot realmente quis se destacar e garantir identidade e, a
nosso ver, o resultado é interessante. O
coeficiente aerodinâmico (Cx) declarado, 0,29, está bem situado na
classe.
O interior da versão V6 (a 2,0 não estava disponível para avaliação)
transmite um ar moderno e esportivo, com o acabamento do painel central
e do console no padrão denominado titânio, os bancos de couro e os
instrumentos de fundo branco — que incluem termômetro de óleo e têm boa
iluminação em vermelho. O volante de três raios possui apoios bem
definidos para os polegares e o banco, com ajustes principais elétricos
e manual para apoio lombar, tem desenho e densidade corretos.
O motorista pode estranhar o pára-brisa bem avançado e as colunas
dianteiras inclinadas, que prejudicam um pouco a visibilidade. Além
disso, falta a esse vidro a faixa degradê. Um mostrador elevado à sua
direita, sobre o sistema de áudio, serve para o computador de bordo, o
sistema de verificação e controle e o próprio rádio. Este constitui um
destaque do carro, pois conta com 10 alto-falantes, incluindo
subwoofer, e amplificador com 240
watts de potência, além de comandos junto ao volante.
O 407 é dos carros mais amplos do segmento, com comprimento e distância
entre eixos comparáveis aos do antigo Omega brasileiro. Já a altura de
1,44 metro revela uma bem-vinda moderação se comparada ao irmão menor
307. As amplas dimensões resultam em interior muito espaçoso. Para quem
viaja atrás, oferece saídas de ar-condicionado no console e um apoio de
braço central com porta-objetos e porta-copos. O espaço de bagagem é
adequado, 468 litros no sedã e 489 na perua, e ambos podem ter o banco
traseiro rebatido. O botão da tampa é o zero do logotipo, detalhe
charmoso já visto no 607.
Grand
routiére
Conhecidos da
Peugeot-Citroën e similares aos do C5, ambos os motores têm quatro
válvulas por cilindro e desenvolvem a potência máxima a 6.000 rpm, mas
entregam boa parcela já em baixas rotações. No V6 o comando de válvulas
de admissão possui variador de fase,
que contribui para essa qualidade. A suspensão traseira é multibraço, as
duas usam braços de alumínio e, na versão mais potente, os amortecedores
(fabricados pela própria Peugeot em todo 407) contam com ajuste
eletrônico de carga, que atua de forma automática, mas também admite
seleção entre os modos normal e esportivo por um botão no painel.
A avaliação do 407 pelos jornalistas — cerca de 200 quilômetros, em
nosso caso entre São José dos Campos e Campos do Jordão, SP —foi
suficiente para conhecer um pouco de suas qualidades.
Continua |