




Interior e estabilidade
similares aos do 206 com mais espaço para carga -- mas menos que nas
concorrentes; vidro traseiro abre-se em separado da tampa |
Também não cabe grande expectativa pela capacidade de bagagem: são
apenas 313 litros, aumento de 30% em relação ao 206 conhecido, mas uma
vantagem discreta sobre a maioria dos hatches pequenos (Fiesta e C3
levam 305 l, por exemplo). É uma desvantagem marcante em relação a Palio
Weekend (460 l) e Parati (437 l), enquanto a Meriva (365 l) fica no
meio-termo. Com o banco traseiro rebatido passa a 1.136 l. Útil é o vidro traseiro com abertura
independente da tampa, ideal para ter acesso a objetos com o carro
estacionado em um local apertado. É inédito em carro brasileiro, a não
ser pelas antigas Simca Jangada e
DKW Vemaguet, em que o vidro abria
para cima e o restante da tampa para baixo.
Rápida e
estável
A 206 SW chega em duas opções de acabamento (Presence e Feline, esta
superior) e com dois motores, feitos também no Rio de Janeiro: 1,4-litro
de oito válvulas, 75 cv e 12 m.kgf, e 1,6 de 16 válvulas, 110 cv e 15
m.kgf. A Presence traz de série direção assistida, controle elétrico dos
vidros dianteiros e travas, regulagem interna da altura dos faróis,
banco do motorista e volante ajustáveis em altura. A Feline adiciona
vidros traseiros elétricos, ar-condicionado, faróis de neblina, rodas de
alumínio, faróis e limpador de pára-brisa automáticos, banco traseiro
bipartido e computador de bordo.
No lançamento à imprensa foi promovida uma avaliação de 120 quilômetros
ao redor da ilha de Florianópolis, SC, por trechos urbanos e
rodoviários. Saímos com a Feline 1,6. A perua portou-se muito bem em
qualquer condição. O banco do motorista é confortável e tem regulagem de
altura, assim como o volante. Em baixa velocidade é dócil e todos os
comandos são suaves; a direção assistida é rápida e precisa.
Acelera prontamente e, acima de 4.000 rpm, o motor dispara com bastante
disposição. A fábrica divulga 194 km/h de velocidade máxima e 0-100 km/h
em 11,3 segundos — parece crível. Na estrada freia e faz curvas de modo
muito equilibrado, mostrando que os 19 centímetros acrescidos à traseira
foram bem compensados pelo acerto da suspensão. Mesmo em curvas de
asfalto irregular as rodas de trás mantiveram-se sempre no chão,
transmitindo segurança.
Já a Presence 1,4-litro mostrou-se mais própria para trechos lentos,
urbanos, pois logo acima de 2.000 rpm já apresenta potência palpável e
requer menos trocas de marchas, ou seja, o motor é muito elástico. Em
condução vigorosa, como se espera, fica bem atrás da 1,6, já que a
potência é bem menor. A fábrica divulga máxima de 172 km/h e 0-100 km/h
em 14,8 segundos — número fraco, mas é um carro que viaja bem e mantém
120 km/h com consistência. O peso importante, 1.074 kg, contribui para a
sensação de falta de força. Continua |