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A Zafira oferece também um completo computador de bordo com informações em português e consumo indicado em km/l -- e não em litros/100 km, padrão europeu a que não estamos habituados. O sistema de áudio, com toca-CD e qualidade adequada, desliga-se junto da ignição e pode ser novamente ligado sem a chave. E os faróis de duplo refletor e superfície complexa, com lâmpadas H7, surpreendem pela luz clara e eficiente. Os de neblina são opcionais, mas a luz traseira de mesma finalidade vem de série.

Conforto, acesso e visibilidade apenas razoáveis nos bancos traseiros, mas seu
recolhimento no assoalho é prático. Com eles no lugar, porta-malas se limita a 150 litros

Personalidade pacata   Embora as versões européias da Zafira utilizem os modernos motores Ecotec com bloco de alumínio e 16 válvulas (incluindo um 2,2 de 147 cv), no Brasil foi aproveitado o conhecido 2,0 que nasceu no Monza, passou por duas gerações do Vectra e hoje equipa o Astra. Se em atualização e rendimento deixa a desejar, por outro lado o veterano oito-válvulas do modelo avaliado dá conta do recado quanto ao torque em baixa rotação, requisito principal de uma familiar minivan.

Com 4 cv a mais que no Astra (saiba mais), pode levar a Zafira a razoáveis 178 km/h e de 0 a 100 em 12,4 s. Não deixa ninguém com frio na barriga, mas atende às necessidades de uma versão básica, sendo esses valores similares aos da Scénic 1,6 de 110 cv. Embora haja opção pelo motor 16V de 136 cv, fica a dúvida se a GM não teria acertado em adotar os 2,2-litros do Vectra, mais adequados em torque a um veículo de grande área frontal e que pesa vazio 1.375 kg, tanto quanto o velho Diplomata seis-cilindros.

A suspensão firme faz sentir as irregularidades, mas garante comportamento seguro e pouca inclinação da carroceria nas curvas. Bolsas infláveis deveriam ser de série, como nas concorrentes
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Pelas mesmas razões e pelo projeto antigo do motor, a minivan não é muito econômica: 9,3 km/l na cidade e 13,2 km/l na estrada pelos dados do fabricante, desvantagens de 2,1 e 1,3 km/l, nesta ordem, em relação à Scénic menos potente. Mas o comando de câmbio é preciso e leve, a direção tem respostas adequadas (poderia ser mais comunicativa, ou seja, transmitir mais ao motorista o que se passa entre pneus e pista) e os freios são eficientes, com discos também na traseira e opção de sistema antitravamento (ABS). Continua
Comentário técnico
> O motor 2,0 de oito válvulas, basicamente o mesmo desde o Monza de 1987, tem no torque em baixa rotação seu ponto de destaque: 17,3 m.kgf a apenas 2.400 rpm. Em potência específica é modesto, 58 cv/l, mas está bem de acordo com o perfil familiar da Zafira. Os 4 cv a mais que no Astra (116 contra 112 cv) devem-se ao aumento da taxa de compressão de 9,2:1 para 9,8:1, tendo havido também remapeamento eletrônico.
> As relações de marcha são mais espaçadas entre si na versão de oito válvulas: primeira mais curta e as outras mais longas que na 16V, com diferencial quase igual (4,19:1 nesta, 4,17:1 na mais potente). O comando de embreagem é hidráulico, eliminando as vibrações e os problemas decorrentes do desgaste do cabo.
> A minivan mede 2,703 metros entre eixos, 9 cm mais que o Astra de que deriva e 12 cm mais que a concorrente Scénic. Já a Xsara Picasso, da Citroën, é ainda 5,7 cm maior nesse item que a GM. O coeficiente aerodinâmico (Cx) da Zafira é de 0,33, pouco pior que o de 0,32 do Astra. Mas a área frontal (não divulgada) é certamente bem maior.
> Embora recalibrada, a suspensão segue o mesmo conceito do Astra: McPherson à frente e eixo de torção atrás, com subchassi em ambos os eixos. Molas, amortecedores e a altura de rodagem foram alteradas em relação à Zafira européia. Os freios, quando dotados de sistema antitravamento (ABS), vêm também com distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD).
> O pára-brisa é do tipo termoisolante, com um filme metálico (composto sobretudo de prata) que reflete o calor solar e reduz sua absorção para o interior em mais de 25%. De série em toda Zafira, filtra quase toda a radiação ultravioleta, o que diminui o aquecimento do painel sob sol em até 20 graus, segundo a GM.

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