Sem descer de categoria Do acabamento à
dirigibilidade, o reestilizado Palio |
Quem não se lembra dos carros 1.000 de oito
ou dez anos atrás? Despojados ao extremo, chegavam a vir
sem encostos de cabeça nos bancos dianteiros, lâmpadas
halógenas nos faróis e retrovisor direito, entre outros
itens de segurança ou conforto. Com o tempo, além dos
equipamentos, os modelos de 1,0 litro ganharam em
desempenho e estética, a ponto de serem confundidos com
versões de maior cilindrada por fora e por dentro. |
O estilo,
ainda dos mais atuais do segmento, ficou mais robusto com
nova frente e traseira, em que faróis e lanternas atraem
a atenção Clique para ampliar as imagens |
Embora combine as linhas gerais
desenvolvidas pelo estúdio I.DE.A com frente e traseira
elaboradas por Giugiaro, a reestilização caiu bem ao
Palio. Faróis de superfície complexa, lanternas de lentes também
transparentes e pára-choques de ar mais robusto
atualizaram um desenho ainda dentro do contexto -- e mais
moderno que o da maioria dos concorrentes. O ponto
negativo foi a perda de identidade, pois o antigo Palio
era inconfundível e o novo, ao menos de frente, parece-se
com outros carros pequenos (leia-se Gol...). No interior o resultado foi mais feliz, com painel atual e agradável, bancos inteiramente novos e outros aperfeiçoamentos. Os assentos estão mais confortáveis (antes incomodavam pelo excessivo apoio na região lombar) e a região em cinza do painel ajuda a quebrar a monotonia, sem recorrer ao tom muito claro, que parecia desbotado, da versão 1,25 do ano passado. Os instrumentos estão maiores e iluminados em vermelho; os hodômetros agora são digitais, de adulteração mais difícil. |
Entreeixos cresceu de forma imperceptível, mas o Palio evoluiu claramente na absorção de ruídos, impactos e vibrações, seja mecânicos ou de rodagem |
Os detalhes convenientes
não foram esquecidos. A nova central eletrônica VENICE
permitiu adotar temporizador para os faróis e o controle elétrico
do vidro do motorista ganhou função
um-toque -- pena não
haver temporizador para esses comandos, o que exige novo uso
da chave para fechar uma janela esquecida aberta. O
alarme antifurto deixa de ter aviso sonoro de ativação
(um tanto exagerado nos primeiros Palios), tendência
atual, mas não deveria ter perdido a proteção do
interior por ultrassom. Outros progressos aparecem no limpador de pára-brisa, agora sincronizado ao lavador, e na luz interna temporizada. Os novos faróis são eficientes (embora os adotados desde 1999, com duplo refletor e lente de policarbonato, já fossem bem superiores aos dos modelos antigos) e surge a possibilidade de inibir a bolsa inflável do passageiro, o que pode poupar uma (cara) reposição no caso de acidente com o motorista só. Uma falha bastante incõmoda do antigo Palio, o controle ineficaz de temperatura do ar-condicionado (saiba mais), foi combatida pela Fiat com a reforma completa do sistema. Ficou mais potente, silencioso e -- até que enfim! -- pode-se selecionar uma temperatura amena, para dias levemente quentes ou para uso como desembaçador em tempo chuvoso. Antes, era o caso de o comando giratório ser substituído por um botão de duas posições apenas, ar frio ou aquecido. |
Reestilização deixou o painel mais agradável e trouxe itens convenientes, como o temporizador de faróis e inibidor da bolsa inflável do passageiro |
O Palio
continua espaçoso, mesmo contando com a menor distância
entre eixos da categoria -- compensada pela posição
alta dos bancos, um recurso típico da Fiat que leva os
ocupantes a se sentarem mais eretos. A posição de
dirigir agrada, com pedais em posição mais centralizada
que os do Gol, Celta e Corsa. Contudo, o acelerador nos
pareceu leve ou alto demais, gerando desconforto ao
trafegar por algum tempo com pouca pressão no pedal. |
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