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Utilitário esporte civilizado

Suspensão independente, câmbio manual-automático: o
Pajero Full está mais automóvel, sem perder a valentia

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Considerado quase um clássico entre os utilitários-esporte (SUVs), o Mitsubishi Pajero Full -- como a marca o denomina, para evitar confusão com os menores Pajero Sport e iO -- acaba de chegar a uma nova geração, a terceira desde que foi apresentado no Salão de Tóquio de 1981. O Best Cars Web Site esteve em São Roque, SP para conhecer e avaliar o novo modelo, com versões de três e cinco portas e três opções de motores.

Sucesso nas pistas (em ralis como o Paris-Dakar) e nas ruas (há 24.000 Pajeros no Brasil, incluindo os modelos menores, quase metade dos 55.000 Mitsubishis que rodam por aqui), o Pajero dá alguns passos significativos no processo de "civilização" comum a recentes utilitários-esporte. Adota estrutura
monobloco e suspensão traseira independente, combinados pela primeira vez na categoria -- até então só em modelos bem mais caros, como o BMW X5. Traz novos itens de conforto é até câmbio automático de cinco marchas com opção de comando manual.

Clique para ampliar O cinco-portas representa 85% das vendas do Pajero Full. O estilo "musculoso" da frente e os vincos e frisos lhe conferem agressividade...
Todas as versões são agora GLS, mas há diferenças mecânicas e de configuração entre elas. O três-portas vem apenas com motores V6 de 24 válvulas a gasolina. O de três litros (181 cv) e câmbio manual custa R$ 98.500, sendo o Pajero de entrada. Com o 3,5-litros (202 cv) e câmbio manual-automático vai a R$ 109.600. Essas versões, que não têm concorrência direta no Brasil, devem representar pequena parcela -- 15% -- nas vendas do Pajero Full.

Já o cinco-portas pode ser equipado com essas unidades ou com o turbodiesel de 2,8 litros com
intercooler e 125 cv. Os preços são de R$ 109.900 (três-litros automático), R$ 115.700 (turbodiesel manual), R$ 117.800 (turbodiesel automático) e R$ 119.400 (3,5-litros com câmbio manual-automático). Este último é mais caro que o defasado Ford Explorer Limited (V8 de 218 cv), já em vias de substituição, mas custa algo menos que o Nissan Pathfinder SE (V6 de apenas 170 cv) e que o Jeep Grand Cherokee Limited (V8 de 220 cv). E nenhum destes tem o avanço da suspensão traseira independente.

A robustez continua marcante no estilo do Pajero Full, gerando identidade com o modelo anterior. A frente de grandes faróis (com refletor único de
superfície complexa e lente de policarbonato), os pára-lamas salientes e os vincos e frisos nos pára-choques, capô e laterais conferem ar imponente, bem ao gosto do usuário de utilitários-esporte. O três-portas é sem dúvida mais agradável, enquanto o formato de perua do cinco-portas gera menos harmonia.
...em certo desacordo com o formato de perua e as rebuscadas molduras nas lanternas traseiras. Estas, aliás, deveriam agrupar funções das luzes de pára-choque

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O estepe permanece externo, fixado à tampa do porta-malas, e até spoiler de teto foi previsto para o três-portas. A nota negativa vai para a moldura nas lanternas traseiras, um rebuscamento desnecessário. Nota-se, a propósito, incoerência na função dessas lanternas, pois as tarefas mais importantes (luzes de freio, direção e posição) ficam no pára-choque, restando apenas a de neblina e os refletores na lanterna superior. O ideal seria ter a de neblina mais baixa e as outras mais altas.

O cinco-portas ficou 6 cm mais longo, 10 cm mais largo e 5,5 cm mais baixo que o anterior. Com o abandono do chassi separado em favor do monobloco (com
subchassis dianteiro e traseiro), foi possível rebaixar o assoalho em 50 mm e ainda ampliar o vão livre do solo em 20 mm. A nova estrutura é três vezes mais rígida e 25 kg mais leve que a antiga. E trouxe ganhos adicionais em segurança, com deformação frontal mais eficiente em colisões e o tanque de combustível entre os eixos -- antes na traseira, mais vulnerável.

Clique para ampliar O conjunto compacto e atraente agrada muito no Pajero três-portas, mas é uma opção a ser bem pesada, em função de espaço limitado e acesso difícil ao banco traseiro

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O interior ganhou em espaço, sobretudo para cabeça e pernas no banco traseiro, e refinamento. Revestimento em couro nos bancos e volante, ar-condicionado e bolsas infláveis são de série em toda a linha. O acabamento geral é bom e, além do toca-CD no painel, o sistema de áudio Blaupunkt inclui disqueteira para cinco discos no console. Apliques imitam madeira no painel e o banco possui duplo ajuste de altura, sendo o volante de quatro raios também ajustável.

Entre os itens de conveniência destacam-se dois porta-luvas, controles elétricos de vidros com
temporizador (função um-toque só para descida no do motorista), controle automático de velocidade, porta-copos na frente e atrás (este muito interessante, pois se compõe a partir de duas peças no apoio de braço central), pára-sóis com extensão (eficientes contra sol lateral e também frontal, dispensando o pára-brisa degradê), antena elétrica com botão para abaixá-la (útil em garagens baixas), indicador de portas mal fechadas e, sem dúvida, o novo mostrador digital no alto do painel. Continua

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