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Prontos para
a briga


A Renault atualiza o Mégane e adota, no hatch e no sedã, o motor 1,6 16V da Scénic, pondo em xeque as vantagens do conhecido 2-litros

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Um ano depois de efetuada na Europa, chega ao Brasil a primeira reestilização do Mégane, abrangendo as versões hatch (cinco portas) e sedã três-volumes (quatro portas) argentinas -- mas não a brasileira Scénic, que assume em breve personalidade e desenho próprios. Além da atualização do estilo, a Renault substitui o motor 1,6-litro de oito válvulas pelo 16V de geração mais moderna que já equipava a minivan, além de estendê-lo à versão sedã, que antes só vinha com o dois-litros (confira as novas versões).

A reestilização frontal, acompanhada por retoques gerais e aperfeiçoamentos mecânicos, é a primeira mudança do Mégane desde seu lançamento. Abaixo, a frente antiga
Concentradas na frente, as alterações dão ar contemporâneo ao Mégane. Curiosamente não acentuam sua semelhança com os demais Renault, que vêm adotando faróis enormes e grade com um só vão. O médio-pequeno recebe faróis de formato amendoado, com duplo refletor de superfície complexa e lente de policarbonato, e grade integrada ao capô, em dois segmentos, com moldura cromada. Lembra o atual Omega e alguns modelos asiáticos, pelo que divide opiniões.

Também cromada é uma barra de ligação entre as lanternas traseiras aplicada ao sedã, ausente do hatch. Ambos receberam lanternas com efeito cristal e, como na frente, novo pára-choque. Completam o pacote rodas de aro maior, 15 pol, com pneus da série 60 -- antes, aro 14 pol e série 65.

Lanternas foram redesenhadas e a traseira do sedã ganhou um friso cromado.
Evolução importante nos faróis, com superfície complexa e duplo refletor

Um ponto positivo da nova aparência é o equilíbrio entre as partes modificadas e as mantidas, em função das linhas já arredondadas e fluidas do antigo Mégane. A prática tem mostrado que obter um conjunto harmonioso em reformulações parciais é um verdadeiro desafio, nem sempre vencido.

Sedã e hatch vêm em dois acabamentos, RT e RXE. O primeiro, básico, já traz de série direção assistida, controles elétricos de vidros dianteiros e travas (incluindo controle remoto), imobilizador de ignição, conta-giros e -- importante -- duas bolsas infláveis, prosseguindo na aposta da Renault em segurança. Pelo menos passiva, já que os freios antitravamento (ABS) não são disponíveis nesta versão, assim como no Clio.

O hatch agora vem apenas com motor de 1,6 litro. Ponto positivo é a harmonia entre a nova frente e o restante do estilo, que permanece contemporâneo

Os opcionais do RT são ar-condicionado, toca-CD com comando satélite junto ao volante, regulagens de altura e de apoio lombar do banco e de altura do volante. Todos esses itens são de série na versão superior, aliados a ABS, faróis de neblina, rodas de alumínio, controles elétricos de vidros traseiros, banco bipartido e indicador de temperatura externa. O RXE ganhou ainda equipamentos inéditos no modelo, como bancos e volante em couro (únicos opcionais) e computador de bordo. Este indica consumo em litros por 100 km, padrão não usual no Brasil. Deveria ser revisto.

O acabamento é apenas satisfatório, mesmo na versão de topo. Os plásticos são de qualidade inferior à de alguns concorrentes e falta pára-brisa degradê, imprescindível num país tropical. Ao menos as tampas nas portas traseiras, que cobriam os locais de encaixe das manivelas dos vidros, desapareceram. O acionamento da buzina passou para o volante -- antes ficava em sua alavanca esquerda, padrão francês a que os brasileiros não estão habituados.

Instrumentos foram uniformizados com a Scénic. A buzina passou para o volante e há duas bolsas infláveis, de série mesmo na versão básica RT

Como detalhes positivos, o temporizador do limpador é regulável (a Renault o denomina inteligente pois, entre outras funções, retorna da segunda velocidade ao modo intermitente quando se pára o carro) e permanece o retrovisor esquerdo biconvexo, fator de segurança e conforto em mudanças de pista.

O painel, que teve os instrumentos redistribuídos como na Scénic, alerta para o uso do cinto e sobre portas mal fechadas. E o porta-malas do sedã, bastante amplo (510 litros), tem dobradiças pantográficas montadas externamente, evitando interferência com a bagagem, em geral só percebida após sua acomodação. Continua

As versões do antigo e do novo Mégane
ANTES RN hatch
1,6 8V
RT hatch
2 litros 8V
RT sedã
2 litros 8V
RXE sedã
2 litros 8V
AGORA RT hatch
1,6 16V
RXE hatch
1,6 16V
RT sedã
1,6 16V
RXE sedã
2 litros 8V

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