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Praticidade é ponto alto do Kangoo

Novo utilitário multiuso da Renault tem motores de 1 e 1,6 litro, boa suspensão e preço competitivo

Texto: Fabiano Mazzeo - Fotos: divulgação

Começa a ser importado da Argentina o Kangoo, veículo multiuso com que a Renault tenta conquistar diversos públicos -- jovens, pequenos empresários, famílias, entre outros. Com um porta-malas privilegiado, com capacidade de 600 litros a até 2.600 litros (com o banco traseiro rebatido), conforto de automóvel e um estilo que não passa despercebido no trânsito, o Kangoo vem competir com o Berlingo da Citroën (leia avaliação) e, se for confirmada uma versão de passageiros, o sucessor do Fiorino da Fiat. Já a versão furgão terá no Peugeot Partner o principal adversário.

Concorrência direta é com o francês Berlingo. O Kangoo é mais compacto e tem menor cilindrada, mas deve ter seu contraponto no preço, ainda não confirmado
Com duas motorizações, um-litro de 59 cv e 1,6-litro de 90 cv, e duas versões de acabamento para cada motor, RL e RN, o Kangoo vem equipado de série em toda a linha com duas bolsas infláveis (a exemplo do Clio), quatro cintos de três pontos, barras de proteção nas portas (incluindo a deslizante), imobilizador e ajuste interno dos faróis. Internamente, devido ao teto alto (altura total de 1,87 metro) transmite sensação de espaço. Uma terceira porta lateral deslizante facilita em muito a entrada e saída em espaços reduzidos.

Possui, ainda, um ótimo porta-objetos no teto à frente do motorista, porta-copos nas portas, janela basculante na terceira porta lateral e vidro de correr no lado oposto. As versões RL possuem dois apoios de cabeça no banco traseiro; já a RN traz três apoios de cabeça e cobertura para o porta-malas -- que tem ótimo aproveitamento de espaço devido ao estepe instalado sob o assoalho, não se necessitando retirar a bagagem para eventual troca de pneu.

Painel de automóvel e segurança de primeira, com duas bolsas infláveis de série. Deveria haver conta-giros
Com o banco traseiro rebatido podem-se colocar grandes objetos, que chegam a surpreender, como um jet ski, kart e até um scooter. A ampla tampa de porta-malas, com um vão de 1,28 metro, permite a entrada de grandes objetos, mas devido à altura que atinge quando aberta (cerca de dois metros), pessoas de pequena estatura têm muita dificuldade de alcançar a tampa para fechá-la. Solução fácil seria a adoção de uma alça flexível.

Viajamos 320 km com o Kangoo -- nome que, segundo a Renault, não tem significado -- na versão RN 1.6, a topo de linha. Com o mesmo motor de oito válvulas e 90 cv do Clio, o carro mostrou-se com boa dirigibilidade, chamando muita atenção no trânsito devido ao seu grande porte, que não atrapalha em nada para se estacionar em vagas apertadas, como num shopping-center. Continua

Desempenho com motor 1,6-litro é correto, mas a versão um-litro ressente-se do peso elevado para seu torque: de 0 a 100 km/h em 21,2 segundos
Kangoo 1.000: mais torque seria bem-vindo
Andamos também na versão de entrada da linha Kangoo, a RL 1.000, num trecho urbano, o que demonstrou que o propulsor do Clio tem certa dificuldade com o utilitário, devido ao peso maior (cerca de 130 kg a mais). Após algum tempo pega-se o jeito de dirigir o carro, permanecendo sempre em alta rotação, o que torna o comportamento similar a outros modelos um-litro do mercado. Esta versão, que não encontra concorrência entre os utilitários franceses, vem competir mais diretamente com a Parati 1.000, que perde em espaço de porta-malas com uma diferença considerável de 163 litros. Mas é preciso aguardar os preços oficiais para que a comparação seja mais precisa, permitindo avaliar se a tacada da Renault com esta versão -- após o fracasso do Fiat Fiorino 1.000 -- terá êxito.

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