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Conforto em qualquer terreno

Suspensão macia, motor de 218 cv e muito luxo e
conveniência marcam o novo Ford Explorer V8

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Dono do título de utilitário-esporte mais vendido do mundo, o Ford Explorer chegou recentemente ao Brasil no modelo 2000, em versão única Limited V8. Trata-se na verdade de um relançamento, pois a Ford apresentou o motor mais potente -- o anterior era um V6 de quatro litros -- em 1999 e vendeu poucas unidades, acabando por trazê-la este ano com retoques estéticos e aperfeiçoamentos em conforto e segurança.

Concorrente direto do Jeep Grand Cherokee Limited (leia avaliação), Mercedes-Benz ML 320 (o 430, embora traga motor V8, afasta-se em potência e preço) e, em faixa de preço superior, do Range Rover, o Explorer mantém seu estilo básico desde 1996, mas traz algumas novidades. O pára-choque dianteiro incorpora faróis de neblina, as rodas de 16 pol (pneus 255/70) têm novo desenho e há luzes de cortesia nos estribos e sob os retrovisores externos, facilitando o acesso em locais escuros.

Apesar da imponência típica desses veículos, o desenho começa a mostrar-se antiquado, sobretudo a traseira, muito similar à dos primeiros modelos, trazidos em 1993.

Para abrir a porta pode-se optar pelo controle remoto ou pelo teclado alfanumérico junto à maçaneta do motorista, que comanda travamento e alarme através de código secreto, de fábrica ou escolhido pelo usuário. Ele dá acesso a um interior com equipamentos e detalhes de conveniência em profusão, de modo raro mesmo neste segmento.

Um desses itens é o transreceptor universal Homelink, instalado no pára-sol do motorista, que memoriza até três freqüências, abrangendo controle remoto de garagens e sistemas de segurança. Oferece também um prático gravador de mensagens, para aqueles lembretes ao volante que seriam esquecidos ao sair do carro.

Os bancos dianteiros, individuais e revestidos em couro, têm ajuste elétrico até do apoio lombar, e o do motorista oferece três memórias de posição. O volante, ajustável em altura e profundidade, aloja comandos de controle de velocidade, ar-condicionado automático e sistema de áudio. Este inclui, no mesmo equipamento, toca-fitas e toca-CD, de ótima qualidade. Pára-sóis duplos, que podem cobrir parte do pára-brisa e do vidro lateral ao mesmo tempo, permitem eficiente proteção do sol em estradas sinuosas.

Conforto e robustez do Explorer foram postos à prova na avaliação fora-de-estrada. A
tração integral eletrônica envia mais torque para o eixo com melhor aderência

O computador de bordo e sistema de verificação instalado no console exibe informações diversas, como consumo e velocidade média, e coordena a manutenção do veículo, como nível e vida útil do óleo lubrificante. O retrovisor interno é fotocrômico e traz um comando para acendimento automático dos faróis em locais escuros, prático ao cruzar túneis com freqüência. Acima dele há bússola digital, indicador de temperatura externa e comandos elétricos do teto solar.

O banco traseiro de utilitários-esporte nunca oferece o conforto de um bom automóvel, mas o do Explorer não decepciona. Deveria, porém, ter encosto de cabeça para o passageiro do meio. Detalhe ímpar é o console central com porta-copos, tomada de energia 12 volts, controles de ar-condicionado e áudio e saídas para dois fones de ouvido. É possível até selecionar fontes diferentes (rádio, fita ou CD) da escutada pelos ocupantes dos bancos dianteiros.

O velho 302, ainda presente

Embora considerado "moderno" no material de imprensa da Ford, o motor do Explorer é o veteraníssimo 302 (sua cilindrada em polegadas cúbicas, cerca de cinco litros) de comando no bloco, que equipou nossos Galaxie e Maverick. Presente até há alguns anos no Mustang, esse V8 notabiliza-se pelo torque elevado e grande robustez. Continua