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Caro: US$ 35.433, o que significa R$ 99,2 mil ao câmbio de R$ 2,80/dólar. O concorrente mais direto em especificações, o nacional Audi A3 1,8 turbo com 150 cv, cinco portas e câmbio Tiptronic, custa apenas R$ 59.719, embora com equipamento de série inferior. O Alfa acaba concorrendo com o sofisticado S3 de 225 cv e tração integral, com três portas somente mas completíssimo, que vem da Alemanha e custa R$ 109.248.

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Poucos retoques estéticos no 156, mas boa evolução no interior: computador
de bordo, painel aprimorado, bancos esportivos com ajuste do apoio das coxas

Nova alma para o 156   Não havia mesmo o que retocar no irretocável desenho do sedã médio e da perua da Alfa. Mas, como mostrou o recente comparativo da SportWagon com a Volvo V40, a marca de Arese precisava melhorar o desempenho e o equipamento desses belos modelos para enfrentar a modernização da concorrência, que inclui Audi A4, BMW Série 3, Citroën C5, Volkswagen Passat, Volvo séries 40 e 60 e, em breve, o novo Renault Laguna.

A resposta surpreendeu. Praticamente igual por fora -- recebeu apenas novas rodas de 16 pol, retrovisores e frisos dos pára-choques na cor da carroceria --, o 156 tornou-se outro carro com a substituição do motor 2,0 de quatro cilindros pelo 2,5 V6 de 24 válvulas e 190 cv.
O motor existe na Europa desde 1997, tendo sido avaliado e estudado para o Brasil por anos. De quebra, ganhou a peculiar transmissão automática Q-System e diversos aprimoramentos comuns ao 147.

Belíssimo com seus dutos de admissão cromados (a exemplo do 164, primeiro Alfa a chegar na abertura às importações, em 1990), o V6 também utiliza variador de fase, coletor variável e acelerador eletrônico, além das árvores de balanceamento que garantem suavidade. Os 190 cv aparecem a 6.300 rpm e o torque máximo de 22,1 m.kgf a elevadas 5.000 rpm, indicando um temperamento esportivo.

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Os coletores cromados atraem os olhos no motor V6 de 190 cv, mas o ótimo câmbio
Q-System deveria ter cinco marchas. A SportWagon traz as mesmas novidades

O câmbio Q-System é bastante curioso. Apesar da aparência de caixa manual, com as marchas na habitual disposição em "H", é uma transmissão automática propriamente dita, com conversor de torque, o que implica perdas de energia. Associadas ao fato de ter apenas quatro marchas e ao peso elevado em 120 kg, elas explicam por que o desempenho não melhorou tanto quanto os 40 novos cavalos fariam esperar.

A velocidade máxima passou de 215 km/h (sedã) e 212 (SportWagon) para 225 e 223 km/h, na ordem. Já a aceleração de 0 a 100 km/h piorou de 8,7 para 8,8 s no sedã, mantendo-se em 9 s na perua. Quatro marchas são inadmissíveis em um motor com faixa tão estreita entre o torque e a potência máximos: no percurso de avaliação da imprensa, com curvas de média e alta velocidade, era difícil usar a segunda (que logo chegava ao limite de giros) e inútil passar à quarta. Com cinco ou seis marchas o 156 ficaria muito mais interessante.

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Assim como o 147, o 156 vem de série com controles de tração e estabilidade,
rodas de 16 pol e ar-condicionado automático com dupla seleção de temperatura

Ainda assim, o Q-System tem boas soluções. O motorista pode mantê-lo em modo automático (com programação normal, esportiva ou para pisos de baixa aderência) ou trocar as marchas manualmente, sem embreagem. Ao contrário do Selespeed, em modo manual o motor permanece no limite de giros, "rateando", até que se efetue a mudança de marcha. Um pouco antes ouve-se uma sineta para indicar o momento de fazê-lo. Ponto positivo é poder-se, a partir de 80 km/h (quando o conversor de torque é bloqueado), retomar velocidade em baixa rotação com acelerador a fundo (condição de menor consumo) sem que haja reduções indesejadas. As mudanças automáticas são sempre suaves.

Também o Q-System tem seu truque quanto às reduções. Se o motorista aplicar uma marcha curta demais, que levaria a excesso de giros, a alavanca se move mas a caixa não efetua a redução -- até aí nada demais, já que as Tiptronics e similares também ignoram esse comando. Só que, uma vez atingida uma velocidade compatível, o câmbio "lembra-se" de reduzir, o que os concorrentes não fazem. Genial.
Continua

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