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Mecânica, comportamento e segurança

Pela potência dos motores, nota-se a vocação para rodarem principalmente na cidade. No caso do Palio são 61 cv -- mesma potência do motor a gasolina -- e 8,1 m.kgf de torque. Já no Corsa, contam-se com 64 cv e 8,4 m.kgf de torque, ou 4 cv a mais do que a versão a gasolina, ganho obtido com a taxa de compressão bem mais elevada. Ambos chegam a 152 km/h de velocidade máxima (dados de fábrica), mas o compacto da GM vai de 0 a 100 km/h em 15,4 segundos, contra 16,3 segundos do Fiat.

Rodar com álcool traz de volta velhos hábitos, como aquecer o motor antes de sair (apesar da injeção multiponto) e abastecer com mais freqüência, pois o consumo é maior

Ambos têm agilidade suficiente para acompanhar o fluxo do trânsito, embora exijam freqüentes reduções de marcha. Na estrada, mantêm a média de 120 km/h com o nível de ruído acima do ideal. Outro ruído, mais incômodo, é o da bomba de combustível em marcha-lenta, mais audível no Corsa. Com o ar-condicionado ligado, a redução de potência exige especial cuidado nas ultrapassagens, sendo válida a recomendação de desligá-lo nas mais apertadas. O GM possui corte do compressor, mas ele pode retornar antes que a manobra seja concluída.

No que se refere ao consumo, segundo dados dos fabricantes, o Corsa roda, em média, 8,3 km/l na cidade e 11,6 km/l na estrada, enquanto o consumo do Palio é de 9,6 km/l e 12,8 km/l, na ordem. À exceção de uma pequena tira na dobradiça da portilhola do bocal do tanque no GM, não existe nenhuma identificação sobre o combustível vegetal nos dois modelos. Portanto, é preciso lembrar-se de avisar o frentista, para não correr o risco de abastecer com gasolina.

Porta-malas são equivalentes, assim como o desempenho geral. A vantagem do Corsa está na aceleração, enquanto o Palio é mais econômico
Voltar ao álcool traz à tona alguns hábitos há muito abandonados. Em ambos, apesar das modernas injeções multiponto, o ideal é aquecer o motor durante meio minuto, sob pena de esgasgadas, falta de potência ou mesmo de o motor morrer nas saídas. Para evitar problemas, é preciso manter o nível de gasolina no reservatório de partida a frio. Curioso, no Palio, é que se ouve com clareza o sistema injetando gasolina no motor ao acelerar o motor frio.

Os engates do câmbio dos modelos avaliados nem sempre foram precisos. Tanto no Fiat quanto no GM, a primeira e a segunda foram difíceis em algumas saídas de semáforo. A estabilidade dos dois "populares" transmite segurança. No Palio, a boa aderência deve-se, em parte, à suspensão de calibragem mais rígida e aos pneus 175/70, 10 mm mais largos que os do concorrente. No Corsa, conseguiu-se aliar bom comportamento nas curvas e conforto ao rodar. Continua

Comentário técnico
Para trabalhar com álcool, o sistema de injeção do Corsa recebeu dois novos pontos de alimentação nos tubos de admissão, um para cada dois ramos. A taxa de compressão subiu de 9,4:1 para 12,6:1, através de novo desenho da cabeça dos pistões. A válvula de aceleração (corpo de borboleta) foi refeita e o escapamento recebeu dois catalisadores: um sob o carro, o mesmo do modelo a gasolina, e outro junto ao motor, logo após o coletor. A medida visa a um aquecimento mais rápido do dispositivo, evitando emissões elevadas na fase fria. A GM também adotou nova embreagem, com vistas à redução de ruídos, e componentes de alimentação (incluindo bomba de combustível) resistentes à corrosão do álcool.

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