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Tradição em movimento

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Os elementos básicos de um BMW estão no 530i, mas há
novidades que fazem dele um clássico para o futuro

Texto e fotos: Fabrício Samahá

A sigla da Fábrica de Motores Bávara -- Bayerische Motoren Werk, ou BMW -- é, para os entusiastas, símbolo de perfeição técnica e de uma combinação ímpar entre requinte e esportividade. Não seria diferente com o 530i, versão intermediária da Série 5, que o Best Cars Web Site avaliou por cerca de 800 quilômetros para sua edição especial de aniversário.

O primeiro Série 5 surgiu em 1972 e a segunda geração em 1988. Sete anos depois, no Salão de Frankfurt, o modelo atual era introduzido, trazendo inovações como o baixíssimo coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,27 na versão de entrada (no 530i é 0,28) e farto emprego de alumínio nas suspensões. Na linha 2001 houve leve reestilização e apareceram os motores revistos de 2,5 e 3,0 litros -- de seis cilindros em linha, como manda a tradição.

Clique para ampliar a imagem Charmoso com as novas luzes de posição em forma de anéis (no alto), eficiente com os faróis de xenônio (ao lado): um sedã elegante e de apelo esportivo

O 530i de 231 cv é o meio-termo entre o 525i, de 192 cv, e o 540i, com um V8 de 4,4 litros e 286 cv, este também disponível em versões Motorsport e Protection (blindada de fábrica). Em patamar superior há ainda o esportivo M5, verdadeiro lobo em pele de cordeiro com seu V8 de 5,0 litros, 400 cv e 0-100 km/h em 5,3 s. Os preços variam de R$ 149 mil a R$ 299 mil: leque de opções para bolsos variados e bem recheados. A versão avaliada sai por R$ 172 mil -- e justifica cada centavo.

Os BMWs não são carros para quem segue modismos. Alguns de seus caracteres de estilo atravessam gerações, como a grade "duplo rim" cada vez mais larga e baixa, os quatro faróis redondos, a curva na parte posterior das janelas laterais, o entreeixos longo e o balanço dianteiro (distância do centro do eixo à extremidade do pára-choque) relativamente curto. Só que tudo isso é aprimorado a cada mudança de modelo, compondo um desenho que já nasce clássico.

Show à parte são os faróis adotados na recente reforma. Além das lâmpadas de xenônio para o facho baixo, com sua luz extremamente branca e eficiente, as lanternas de posição passaram a ser anéis nos quatro faróis, de estética interessante. Mudaram também os faróis de neblina, agora redondos; as rodas, de 16 pol de série; e as lanternas traseiras, que adotam LEDs (diodos emissores de luz, de longa durabilidade e rápido acendimento) em vez de lâmpadas. Mas elas poderiam ser um pouco maiores para quebrar a monotonia dessa região -- a nosso ver, a única crítica cabível a seu estilo.

Ergonomia é palavra de ordem na BMW: amplos ajustes de bancos e volante, todos elétricos e com memória, comandos de fácil acesso e um painel simples mas funcional até nos menores detalhes, como a sineta agradável que indica excesso de velocidade
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Portas abertas, tem-se acesso a um interior projetado e construído com esmero. Do revestimento em couro dos bancos e volante à faixa de madeira no painel e nas portas, do volante de quatro raios -- que se move para facilitar a entrada e saída do motorista -- ao cinzeiro e o acendedor de cigarros escamoteáveis, tudo transparece precisão e qualidade.

O painel, de desenho tradicional, traz um computador de bordo com aviso de excesso de velocidade, duas medições de consumo médio (podem ser zeradas em separado) e até previsão do horário de chegada, a partir da quilometragem e da velocidade média. O consumo instantâneo não é indicado no computador e sim por um mostrador analógico sob o conta-giros -- de fácil leitura, simples e eficiente.
Continua

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