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E as semi-árvores de transmissão das rodas dianteiras não costumam permitir o esterçamento desejável para um diâmetro mínimo de curva pequeno, que facilite as manobras. Um amplo Omega tem diâmetro de giro similar ao de um Uno, graças à tração traseira. Mas pode haver aqui a questão de baixar custos, pois o Citroën DS/ID, de 1955, contava com ângulo de esterçamento tal que seu diâmetro de giro era de 11 metros (igual a um Fusca), apesar da descomunal distância entre eixos de 3,13 metros.

BMW Série 7: desde os anos 70, tração
traseira com suspensão independente

Símbolos de tração traseira   BMW e Mercedes-Benz podem ser considerados símbolos da tração traseira há várias décadas. Seus sedãs representam o que de melhor existe para se dirigir na categoria e refletem excelência de projeto e fabricação. Um dos seus segredos é a suspensão, em especial a traseira independente, utilizada há muitas décadas.

Fora esses espécimes alemães, a tração traseira sempre esteve associada a eixo traseiro rígido na Europa e nos Estados Unidos, solução que já se perdeu no tempo de tão antiga, mas persiste em não ser abandonada. A Ford só adotou suspensão traseira independente no Mustang Cobra recentemente, mantendo o eixo rígido nas versões inferiores.

O peso do eixo, que contém o diferencial completo, é o responsável por sua permanente "briga" com as irregularidades do piso, por menores que sejam.

O pesado eixo rígido traseiro não colabora
para o comportamento e o conforto

É necessária atenção especial quando se precisa andar um pouco mais rápido. O eixo pula, saltita, provoca solavancos, em total dissonância com a época em que vivemos. Pior o piso, maior a deficiência. Esse mau comportamento típico foi a razão principal para os carros de tração dianteira terem sido tão bem recebidos pela comunidade automobilística no mundo inteiro. Exceção é o VW Fusca, o segundo carro mais vendido em todos os tempos, de tração traseira mas com suspensão independente na frente e atrás.

Mas à medida em que os progressos em suspensões e -- principalmente -- os controles de estabilidade e de tração foram surgindo a preços compatíveis, o ostracismo da tração traseira dá sinais claros de ter chegado ao fim. No último Salão de Detroit, o que se viu foi um verdadeiro festival de suspensões traseiras independentes em picapes e utilitários esporte, até então mastodontes de difícil controle em situações de emergência e de rodar típico de caminhão.

O que atrai na tração traseira é a sensação de saber que as forças de comando do veículo -- tração, freio e direção -- estão melhor distribuídas do que num tração-dianteira. É ter certeza de que as aplicações de potência de maneira alguma chegam até à direção. Dar "gás" numa curva e sentir as rodas traseiras fazerem o seu trabalho, com a direção complementando a manobra em total harmonia, é uma grande sensação para quem gosta de dirigir. Continua

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