Seu modo de funcionamento era diferente: o elétrico apenas ajudava o
motor a gasolina a ter maior desempenho, sem que isso representasse
aumento de consumo ou emissões. Não havia como rodar só com
eletricidade, como é possível no Prius. O Insight foi produzido de 1999
a 2006, mas obteve pouco sucesso comercial, talvez por se tratar de um
compacto de dois lugares — formato menos prático que o do Toyota, um
sedã de quatro portas e cinco lugares. No Honda Insight o elétrico apenas auxiliava, sem movimentar o carro
1) Um motor a gasolina que funciona no ciclo Atkinson, em vez do mais
comum Otto. A maior diferença desse ciclo é que, por meio de desenho
próprio do virabrequim, permite ao motor ter um tempo de combustão mais
longo que o de compressão, o que aumenta a eficiência, com a desvantagem
de obter menor potência que no ciclo Otto. O Prius: motor elétrico vai a 1.500 rpm e fornece torque de 40,6 m.kgf O segredo para tudo isso funcionar com eficiência é a central eletrônica, que determina quando cada motor deve ser usado e como recarregar as baterias da melhor forma. Enquanto o carro está parado, andando de ré ou descendo uma ladeira, o motor a gasolina fica desligado; se o motorista exigir mais desempenho, ele volta a funcionar, suave e automaticamente. Além da natural redução de consumo e emissões causada pela desativação do motor em parte do funcionamento, o carro híbrido pode ganhar eficiência ao contar com o motor elétrico. |
O painel do Toyota mostra como o sistema híbrido está operando
É que um automóvel comum precisa manter girando, todo o tempo, um motor
a combustão apto a entregar a potência definida como ideal pelo
fabricante. E, como se sabe, a operação em carga parcial (acelerador
pouco aberto) é a menos eficiente para um motor a gasolina. Já um
híbrido como o Prius roda só com eletricidade em condições de baixo uso
de potência, como o trânsito lento dos grandes centros. E, por ter o
torque adicional do motor elétrico para ajudar nas acelerações, pôde
receber um motor a combustão menos potente do que um carro comum
precisaria ter. Há ainda o fator da regeneração de energia das
desacelerações e frenagens, que de outra forma seria desperdiçada. O preço ainda é alto: o Civic Hybrid custa nos EUA 27% mais que o LX
Uma é o custo elevado do sistema, que se reflete no maior preço desses
carros. No Honda Civic, por exemplo, a versão híbrida custa nos EUA US$
22.600, aumento de 27% sobre os R$ 17.760 do LX com câmbio automático.
Estudos americanos apontam que o comprador só teria retorno do que pagou
a mais, por meio da economia de gasolina, depois de cinco anos — mas
esse cálculo tende a favorecer os híbridos se a cotação do petróleo
continuar a subir e a forçar o preço dos combustíveis. |
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