Híbridos: os elétricos sem tomada
Evolução da idéia de mover carros com eletricidade, eles |
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A idéia de usar eletricidade para movimentar um carro existe desde o
começo da história do automóvel, mas sempre esbarrou em algumas
dificuldades. As baterias usadas para armazenar energia são grandes e
pesadas, têm autonomia reduzida e exigem longas horas para uma recarga
completa. O desempenho dos motores não costuma ser satisfatório, sem
falar no alto custo do sistema. Tudo isso levou o governo do estado
americano da Califórnia, na década passada, a desistir da exigência de
que 2% dos novos carros, em 1998, fossem do tipo emissão-zero, que não
produzem gases poluentes.
O Lohner Mixte de Porsche: motores elétricos em duas ou quatro rodas
De forma geral, em um híbrido os motores trabalham somando esforços: o
elétrico pode atuar de modo isolado, movendo o carro em baixas
velocidades e condições de uso mais leves, ou trabalhar auxiliando o
motor a combustão para que se obtenha mais potência. As vantagens são
claras. O grande trunfo dos híbridos é não depender de recarga por fonte
externa como os elétricos: o próprio motor a combustão (em geral a
gasolina, mas pode ser movido a outro combustível) recarrega as
baterias, por meio de um alternador-gerador. Alguma recarga também é
obtida com um sistema regenerativo que aproveita a energia das frenagens
e desacelerações. |
Histórico
Atribui-se a Ferdinand Porsche — "pai" do Fusca — a criação do carro
híbrido. Em 1901, trabalhando na Lohner Coach Factory, ele desenvolveu o
Mixte, veículo com dois ou quatro motores elétricos montados nas rodas e
um motor a gasolina. O carro alcançava a velocidade máxima de 50 km/h e
tinha autonomia de 50 quilômetros. Mais tarde, em 1915, a Woods Motor
Vehicle produziu o Dual Power, com um motor elétrico (que o movia a
velocidades de até 25 km/h) e outro a gasolina, capaz de levar o carro a
55 km/h. Com o Prius, em 1997, a Toyota mostrou que o híbrido era viável
Foi a indústria japonesa, porém, a responsável por trazer ao mercado os
primeiros híbridos: a Toyota com o Prius, em 1997, e a Honda com o
Insight, dois anos depois. O sistema da Toyota era composto por um motor
a gasolina de quatro cilindros e 1,5 litro, com potência de 58 cv e
torque de 10,4 m.kgf, e um motor elétrico de 288 volts, com 40 cv e 31
m.kgf (note que os elétricos produzem elevado torque). |
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