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Técnica

Desde 1991, uma firma de pesquisa americana, a Southwest Research Institute, Instituto de Pesquisa Southwest (SwRI), de San Antonio, Texas vem efetuando testes para determinar o que causa depósitos nos injetores de combustível.

A SwRI desenvolveu um ciclo de utilização do veículo que produz a mais consistente sujeira de injetor, denominado 15/45: o veículo é dirigido num dinamômetro de rolo a 90 km/h durante 15 minutos, depois é desligado e assim fica durante 45 minutos. Repetindo-se o ciclo, ficou provado que é possível gerarem-se depósitos que diminuem o fluxo de combustível pelo injetor em cerca de 10% numa média de apenas 3.000 quilômetros, às vezes chegando a pouco mais de 500 km.

O motivo de deixar o motor desligado por 45 minutos é poder repetir o ciclo várias vezes. No uso real, o ciclo se completa cada vez que um carro roda o suficiente para chegar à temperatura normal e é desligado por tempo bastante para um “banho de calor” completo (45 minutos ou mais).

Como se produz o entupimento do injetor? Quando o motor está em funcionamento, a ponta do injetor é resfriada pelo fluxo de combustível e pelo ar de admissão. Quando o motor é desligado, o injetor absorve calor do motor. A pressão residual do combustível mantém estável a gasolina no interior do injetor, mas na pequena câmara da agulha abaixo da sede da válvula as frações leves evaporam, deixando as pesadas formarem depósito na agulha. O calor, então, cozinha o depósito, tornando-o duro. Carros que atingem altas temperaturas no compartimento do motor durante o banho de calor, como os dotados de turbocompressor, são mais suscetíveis a sujar bicos.

Nos testes em motores de quatro cilindros, os injetores dois e três, que estão nas posições mais quentes, sujaram-se mais do que o um e o quatro.

Tecnicamente, um injetor entupido é aquele que sofreu redução de 10% em seu fluxo, segundo uma medição especial. No uso real, mesmo pequenos depósitos, que apenas causam ligeira redução de fluxo, modificam o borrifo de projeto, ocasionando problemas de dirigibilidade e de emissões. Um borrifo deficiente leva à formação de depósitos na válvula de admissão. Uma vez que o injetor esteja parcialmente entupido, é provável que deixe vazar combustível depois que o motor é desligado, o que por sua vez acelera o entupimento.

A prevenção   O efeito do calor à volta do injetor é conhecido há bastante tempo, e a solução para evitar entupimento do injetor é minimizar esse calor. Em certos casos, como o primeiro Datsun 260Z a injeção, o carro chegava a ser equipado com ventiladores e dutos de ar especiais para esfriar os injetores após o motor ter sido desligado.

Enquanto alguns carros ainda os utilizam, a maioria mantém os ventiladores do radiador funcionando de maneira a baixar a temperatura do compartimento do motor o mais rapidamente possível. Isso é conseguido chaveando os ventiladores por um interruptor térmico sensível à temperatura da água. Continua

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