Alguns chegam a utilizar um interruptor sensível à temperatura do compartimento do motor, como o simples interruptor de fio de arame montado bem próximo da galeria de combustível nos primeiros Volkswagens Corrado.

O desenho dos injetores também evoluiu para redução dos efeitos do calor. Depois de muitos anos em produção, a Bosch adicionou uma “chaminé” a seus injetores elétricos, uma extensão da extremidade de saída que também forma o flange de assentamento, de maneira que o injetor não fique em contato com o motor quente. A solução é usada em todos os injetores que se produzem hoje e muitos carros mais antigos beneficiam-se da instalação do novo tipo.

No sistema de injeção central (CPI, Central Port Injection) da GM, como no S10 e Blazer V6 até 2002, os injetores são montados no conjunto de dosagem de combustível na câmara plena. Estando o conjunto de dosagem isolado das peças mais quentes do motor, a redução de fluxo por entupimento é bem menos provável de ocorrer. As válvulas do injetor são também válvulas de controle, unidirecionais, de maneira que a pressão do combustível seja mantida nos dois lados dos injetores elétricos mesmo quando o motor está desligado.

As válvulas montadas mais próximas do duto de admissão ainda são sujeitas ao calor, mas as pontas são saídas de borrifo, e não agulhas. Uma saída de borrifo oferece menos oportunidade para entupimento porque a maior parte da área após a sede da válvula fica aberta, e não contida dentro de uma ponta como no sistema de agulha.

Todo injetor lançado nos últimos 10 anos foi projetado para reduzir a possibilidade de entupimento devido ao calor.

Vimos antes que a gasolina aditivada possui detergentes que ajudam, com eficácia, a controlar depósitos nos bicos. Sem esses detergentes, alguns dos outros componentes da gasolina formariam depósitos de goma por todo o sistema de admissão. Só usar gasolina de boa qualidade e aditivada — que não significa necessariamente gasolina premium ou a Podium, de maior octanagem — é o primeiro passo para evitar entupimento dos injetores. Isso é fácil na quase totalidade dos países, mas não é garantia absoluta. Foram utilizadas mais de 100 diferentes gasolinas em testes e quase 15% delas provocaram entupimento em 10% do fluxo nos injetores.

A maneira mais conhecida de prevenir entupimento de injetores, além do uso de gasolina aditivada sempre, é a mesma de como vários outros problemas de motor podem ser evitados: evitar percursos curtos repetidos. Como para muitos motoristas isto simplesmente não é possível, convém fazer um percurso longo pelo menos uma vez entre reabastecimentos.

Ocasionalmente, mudar de marca de gasolina produz bons resultados, pois depósitos deixados por uma gasolina podem ser limpos por outra. Aditivos de limpeza de injetores provaram ser eficazes por manter os bicos limpos quando usados regularmente a título de manutenção preventiva, mas ainda não se chegou a uma conclusão sobre a freqüência com que esses produtos devam ser usados.