Spoilers e
aerofólios Foi nos anos 60 que vários engenheiros, entre eles os da Ferrari, perceberam que, com a aplicação de uma asa
-- como as de avião, mas invertida -- na traseira do carro, a sustentação podia ser reduzida ou mesmo
revertida sem grande aumento do arrasto. Essa peça, que ficou conhecida como aerofólio -- nome dado a toda superfície que produz sustentação, como as asas dos aviões --, normalmente permite a passagem de uma quantidade maior de ar por baixo da asa do que por cima, responsável pela produção da sustentação, negativa no caso. |
Denomina-se
aerofólio o defletor em que o ar passa por ambas as superfícies da
peça, como no Mitsubishi Lancer Evolution 7 da foto. Quando passa só por uma,
convenciona-se o termo spoiler |
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Quando não há esta passagem, convenciona-se o termo
spoiler, que curiosamente vem do verbo inglês to spoil, ou perturbar, prejudicar. Neste caso,
"perturba-se" intencionalmente o fluxo de ar para reduzir a sustentação. Jatos comerciais e planadores contam com
spoilers móveis de topo de asa, que servem tanto de freio aerodinâmico quanto para provocar perda rápida de altura do aparelho quando as circunstâncias de vôo exigem. |
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Um dos
pioneiros no uso de aerofólio, o Porsche 911 Carrera RS 3.0 conseguia
anular a sustentação da traseira. Hoje a marca usa spoilers móveis
em algumas versões |
A Porsche utiliza hoje em alguns
modelos aerofólios móveis, que só aparecem a partir de certa velocidade. Num 911 Carrera ele opera milagres: a 250 km/h, a sustentação dianteira cai de 64 para 5 kg e a traseira de 136 para 14 kg com a asa ativada. Sistemas similares já foram empregados por outras marcas, como a Mitsubishi no 3000 GT (incluindo o spoiler dianteiro) e a Volkswagen no Corrado. |
Spoiler
dianteiro e saias laterais em uma perua Vectra: buscando menor
passagem de ar pela parte inferior do carro, a fim de reduzir a
sustentação |
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O
efeito-solo No final dos anos 60, o Chaparral 2J esporte-protótipo, construído pelo americano Jim Hall, trazia uma enorme asa invertida sobre o eixo traseiro. Na década de 70 Colin Chapman, o genial engenheiro aeronáutico inglês que fundou a Lotus, desenvolveu uma alternativa mais funcional que os aerofólios: um canal de ar por baixo de seu Lotus 79 de Fórmula 1, um carro-asa que gerava o chamado efeito-solo. |
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