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Seguro: escolha a companhia. E o carro

Oriente-se antes de segurar seu veículo,
conhecendo os segredos desse mercado

Texto: Eduardo Alves - Edição: Fabrício Samahá

A cada mês, cerca de 30 mil veículos são roubados no Brasil -- e metade não é recuperada pela polícia. Colisões e até enchentes também são cada dia mais comuns. Diante desse quadro, não há outra solução para se precaver que não seja um seguro.

Para escolher uma boa seguradora, deve-se usar a mais remota forma de propaganda: a indicação. Se você consultar órgãos de defesa do consumidor para escolher, corre o risco de ficar sem seguro, pois quase todas as companhias enfrentam processos na Justiça -- muitas vezes por erros na prestação do serviço, outras porque o segurado não tem conhecimento de todas as cláusulas da apólice e reclama na Justiça algo que, com sua assinatura, aceitou.

Um bom meio de escolher uma seguradora é optar por uma empresa sólida, de longa tradição no mercado e agregada a um grupo financeiro forte. Outro item é tentar descobrir se, em caso de colisão (um dos tipos do chamado "sinistro"), você poderá escolher a concessionária para arrumar o carro ou terá de levá-lo à concessionária ou oficina mecânica que a seguradora escolher -- contrariando sua vontade ou mesmo sua confiança.

Utilitários a diesel, como o F250 (no alto), após roubados seriam utilizados no interior do País, em locais de difícil acesso. O velho Fusca é campeão de furtos pela alta procura de suas peças em feiras e desmanches
Numa indicação, procure saber de quem lhe indicou se já sofreu algum sinistro. Em caso positivo, atente para estes aspectos: como foi o atendimento, quanto tempo levou cada etapa (desde a chegada do guincho até a liberação de um documento ou da vistoria), em que oficina o carro foi levado, como foi o atendimento na oficina, quais as exigências para liberar o carro-reserva, se o prazo do carro-reserva foi suficiente e, finalmente, se o serviço ficou bem feito.

No caso de perda total ou roubo, questione se o valor da indenização foi suficiente para comprar um carro similar, se os documentos exigidos estavam dentro da normalidade e se o prazo de liberação foi adequado.

Analisando uma apólice   Para analisar uma proposta, atenção: um seguro com valor inferior não é sempre o mais barato. Primeiro analise o valor da cobertura do veículo (casco), pois algumas companhias já informam o valor do carro automaticamente na hora do cálculo; em outras, deve-se informar o valor desejado. Aqui, um detalhe: não adianta supervalorizar seu carro na hora do seguro. Você paga um seguro mais caro mas, na hora de receber, terá apenas o valor médio de mercado do carro. Continua

Valor varia muito conforme o veículo
Um orçamento de seguro pode ser uma ferramenta valiosa na hora de escolher seu próximo automóvel. O custo variam muito de acordo com o tipo e procedência do veículo, pois as companhias levam em conta as estatísticas de carros mais roubados, os valores de peças e da mão-de-obra e até mesmo a probabilidade de acidente, em função do estilo do automóvel.

Carros de perfil "comportado" e peruas costumam ter seguro mais barato, sobretudo se nacionais. Os de modelos populares já custam mais por causa da rotatividade do mercado: se roubados, são vendidos com facilidade.

Versões esportivas (como o Gol GTI 16V, ao lado), de desempenho mais elevado e escolhidas em geral pelos jovens, recebem prêmio mais oneroso e franquia mais alta. Também são alvo de assaltantes, que querem veículos rápidos para a fuga. Seguros de importados costumam custar mais em função do valor das peças de reparação, da escassez de componentes e da menor rede de concessionárias, que reduz o poder de barganha da companhia em caso de acidente. Se for um utilitário-esporte, pior ainda -- são muito visados para roubo.

Utilitários a diesel são alvo dos ladrões, diz-se, pela grande procura no interior do País -- seriam utilizados em locais de difícil acesso e sem fiscalização -- e pelo aproveitamento dos motores em embarcações, usadas no transporte de drogas ou de veículos roubados. Mesmo modelos a gasolina e picapes pequenos têm seguro mais caro, por serem muitas vezes dirigidos por funcionários, que não lhes dispensam o cuidado do proprietário de um carro de passeio.

Finalmente, dois modelos são penalizados com seguro que chega a 40% do valor do veículo: Fusca e Kombi. Ambos são líderes no ranking de mais roubados, em geral para venda das peças em desmanches e feiras. Componentes de Brasília, Gol e Uno, entre outros, também são muito procurados.
por Fabrício Samahá

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