
As linhas estavam mais retas na
segunda geração, de 1980; depois do LUV (em azul), a própria Isuzu
passou a vendê-lo nos EUA como P'up


O terceiro picape mantinha os
muitos nomes conforme o mercado; com três opções de cabine, ofereceu
motores V6 de até 187 cv e turbodiesel



O estilo era atualizado em 1992;
no centro o Opel Campo e embaixo o Holden Rodeo, versões com marcas da
GM para a Europa e a Austrália |

O picape chegou também à Austrália com o mesmo nome dos EUA e motor 1,6,
sendo mais tarde oferecido com entre-eixos longo, propulsor a diesel e tração
4x4. No Reino Unido, a Bedford — marca de utilitários ligada à Vauxhall, o braço
local da GM — vendia-o com o nome KB25 e oferecia ambos os motores.
A segunda geração do Faster era apresentada em 1980 com linhas atualizadas, que
mantinham os traços retos, e três versões de cabine: simples, estendida (chamada
de Space Cab ou Sports Cab, de acordo com o mercado) e dupla, a única com quatro
portas. Alguns países contavam com a cabine sem caçamba, para instalação de
carroceria de madeira ou outro tipo conforme a aplicação desejada. Ele foi
exportado também como Isuzu KB, Pick Up ou P'up.
O novo modelo foi vendido nos EUA, ainda como Chevrolet LUV, por dois anos até
que a GM tivesse seu próprio picape leve: o S-10
de primeira geração. Oferecia o conhecido motor 1,8 a gasolina com 80 cv e
um novo Isuzu a diesel de 2,2 litros e 58 cv que, embora pouco potente, fornecia
razoáveis 12,8 m.kgf de torque e consumia pouco — importante após a segunda
crise do petróleo, a de 1979. Diante da iminente chegada do S-10, a própria
Isuzu colocou sua marca e o nome P'up, mantendo o utilitário no mercado
norte-americano. Dirigido pela revista Popular Mechanics, ele
mostrou um "interior um pouco espartano, mas bastante confortável" e motor a
diesel relativamente silencioso.
A australiana Holden — subsidiária da GM naquele país — começava a vender em
1981 o Holden Rodeo, com opção entre veículo completo e chassi com cabine,
tração traseira e nas quatro rodas e até mesmo alavanca de câmbio no assoalho ou
na coluna de direção. Os motores 1,6 a gasolina e 2,0 a diesel cresciam em 1983
para 1,8 e 2,2 litros, na ordem; ao mesmo tempo uma unidade de 2,0 litros a
gasolina com 86 cv tornava-se opção para a versão LS, dotada de câmbio de cinco
marchas.
Em 1988 aparecia a terceira geração do picape Isuzu com uma subdivisão de nomes:
Faster era agora apenas a versão de tração traseira, enquanto a opção 4x4
adotava o nome Rodeo, usado também em vários mercados de exportação. Apesar
disso, diferentes denominações ainda eram empregadas: Isuzu Pickup e Chevrolet
LUV em países da América, Isuzu TF e Vauxhall Brava na Inglaterra, Opel Campo em
outros mercados europeus, Isuzu KB na África do Sul, Holden Rodeo na Austrália,
Isuzu Fuego nas Filipinas, Chevrolet série T no Egito. Na China ele era chamado
de Jinbei SY10 e, na Tailândia, a Honda o vendia como Tourmaster.
As cabines simples, estendida e dupla permaneciam, podendo a parte traseira
receber dois pequenos bancos na estendida. Os motores aumentavam em cilindrada e
potência para atender a consumidores mais interessados no lazer que em trabalho.
Unidades de quatro cilindros a gasolina foram oferecidas com 2,3 litros e 96 cv,
2,2 litros com 115 cv e 2,6 litros com 120 cv. Alguns mercados tiveram um antigo
V6 a gasolina de 3,1 litros com comando no bloco
e apenas 120 cv. A opção a diesel, dessa vez com
turbocompressor, contava com 2,8 litros e 100 cv.
Nos EUA, a Popular Mechanics colocou o novo Isuzu lado a lado com
Dodge Dakota,
Ford Ranger, GMC S-15 (clone do segundo
S10), Jeep Comanche, Mazda B2200,
Mitsubishi SPX, Nissan Hardbody e Toyota SR5. Com motor de 2,6 litros, o modelo
foi elogiado pelo estilo e o menor consumo do grupo, mas criticado pelo baixo
desempenho, freios, estabilidade, conforto de marcha e posição de dirigir.
Essa geração passou por alterações de estilo em 1992, ganhou a opção de bolsas
infláveis frontais em 1998, adotou motor V6 de 3,2 litros com duplo comando e
187 cv (no mesmo ano) e, para 2002, recebeu um turbodiesel de 3,0 litros com
resfriador de ar e 130 cv. Antes disso, porém,
abandonou o mercado norte-americano em favor do Hombre, um S10 de segunda
geração com a frente desenhada no Brasil — inversão do papel dos anos 70, agora
com a GM fornecendo o veículo à Isuzu.
O Japão deixou de produzir o Faster/Rodeo em 2002, abrindo caminho para o
D-Max, derivado do projeto que nos EUA deu
origem ao Chevrolet Colorado, sucessor do S10
(alguns países, como o Chile, o fizeram por mais três anos). Portanto, continuou
em pleno vigor a parceria entre japoneses e norte-americanos que, três décadas
antes, havia dado à GM seu primeiro representante no promissor segmento de
picapes compactos. |