Atrás das linhas leves do segundo Rex vinha uma mecânica atual, com tração dianteira ou integral -- como no Turbo que abre a página anterior

Grandes janelas, opção de câmbio CVT e a versão VX Supercharger (embaixo), com compressor e até 64 cv: a terceira geração do Subaru

Depois de 10 anos de relativo sucesso, o Rex passava à segunda geração em outubro de 1981. O estilo estava mais harmonioso com janelas maiores, colunas traseiras finas e um aspecto geral mais leve, ainda que sem identidade em meio ao grande número de concorrentes da categoria. Dentro das regras mais uma vez alteradas pelo governo, as medidas externas cresciam para dar um alívio aos apertados ocupantes: 3,19 m de comprimento, 1,39 m de largura, 1,35 m de altura e 2,25 m entre eixos. Já o peso subia ligeiramente para 565 kg.

Se a cilindrada ainda não podia aumentar pela legislação (variou de 544 para 547 cm³), o motor do novo Rex vinha em posição dianteira e tracionando as rodas da frente, como na quase totalidade dos carros pequenos da era moderna. A suspensão continuava independente nas quatro rodas, agora com o conceito McPherson na dianteira e molas helicoidais em ambos os eixos. Seu conforto de marcha estava bem acima da média da classe. Havia opção de ar-condicionado e, para os que apreciavam esportividade, no fim de 1983 vinha a versão Turbo, com o motor modificado para 41 cv e 5,9 m.kgf, mérito do turbocompressor.

A grande aceitação da tração integral no Japão levou a Subaru a estender a esse minicarro o recurso que já a caracterizava em modelos maiores, como o Leone. O Rex 4WD, indicação da tração nas quatro rodas, chegava na linha 1984 como o primeiro carro K a oferecer esse recurso, no qual a marca já fora pioneira em outros segmentos. A tração suplementar traseira era acionada apenas quando desejado, mesmo em movimento, por um botão na alavanca de câmbio. Um ano depois os faróis adotavam a forma retangular.

A rápida evolução dos carros japoneses já não permitia que uma geração durasse uma década como a primeira do Rex. Em novembro de 1986, apenas cinco anos após a segunda, a terceira geração já estreava com linhas modernas e suaves: para-brisa amplo e mais inclinado, grandes janelas, rodas maiores com pneus 135 R 12, faróis em forma de trapézio, para-choques envolventes. Não havia alterações nas medidas, que tinham de atender aos limites mantidos pelo governo para os carros K, mas o peso aumentava um pouco para 590 kg.

Disponível com três e cinco portas, o pequeno Subaru oferecia a opção de motor de três válvulas por cilindro (duas para admissão e uma para escapamento), com 36 cv e 4,4 m.kgf, na versão chamada Viki. Outra novidade disponível era a caixa automática, muito apreciada no Japão. Já em 1987 apareciam mais opções: tração integral, com diferencial autobloqueante na traseira para maior capacidade de enfrentar terrenos de baixa aderência, e uma caixa automática de variação contínua (CVT), boa solução para motores tão pequenos por seu melhor aproveitamento da potência.

No ano seguinte, mais opções: um teto de lona retrátil com comando elétrico e, de março em diante, as versões V e VX Supercharger, que usavam compressor, resfriador de ar e injeção eletrônica para elevar a potência para 56 cv e o torque a 7,4 m.kgf. Eram mais de 100 cv por litro, uma potência específica respeitável, e as opções de câmbio CVT e tração integral estendiam-se a essas versões, que traziam pneus mais largos, 155/70 R 12. As últimas alterações de monta foram relacionadas ao emprego do motor de quatro cilindros em linha, também com comando no cabeçote. Ele apareceu em 1989 com os mesmos 547 cm³ do antigo, 38 cv e 4,5 m.kgf, valores que passavam a 61 cv e 7,6 m.kgf com compressor.

Com o aumento de cilindrada máxima da categoria para 660 cm³, a Subaru lançava já no ano seguinte a versão de 658 cm³, que fornecia 52 cv e 5,5 m.kgf e trazia desempenho bem melhor: 125 km/h. A opção com compressor chegava a 64 cv, novo limite de potência segundo as normas. Junto da reforma sob o capô vinham algumas alterações de estilo. Com o lançamento do Vivio (que chegou a ser vendido no Brasil), o Rex despedia-se do mercado em março de 1992. Seu sucessor indicava a cilindrada no nome com algarismos romanos: 6-6-0.

Fora de seu país o Rex recebeu diferentes denominações, como Ace, Fiori, Mini Jumbo (na Europa) e Sherpa (na Austrália) ou séries numéricas — 500/550/600/700 e M60/M70/M80. Alguns mercados de exportação o tinham com motores de maior cilindrada: o dois-cilindros de 665 cm³ e o quatro-cilindros de 758 cm³. Curiosamente, uma parceria da Subaru com os chineses fez com que a segunda geração, em versão de cinco portas, continuasse em produção naquele país até 2004 — 18 anos além do Japão — com o nome Yunque GHK e uma discutível remodelação frontal, que lhe deu para-choque envolvente e quatro faróis circulares.

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