Para-lamas ao estilo "garrafa de Coca-Cola" vinham no Bluebird 810 (no alto); a retilínea série 910 levou a marca Nissan a mercados externos

A geração U11 adotava tração dianteira e motor V6 turbo para o Maxima

De cima para baixo, séries U12, U13 e U14, que cresciam e recebiam soluções como câmbio CVT, tração integral e direção também atrás

Não houve a série 710, número que foi adotado em um modelo menor sobre a mesma plataforma, vendido como Violet ou 140J/160J conforme o mercado. Assim, o Bluebird de sexta geração foi o 810 — ou 160B, 180B e 200B em mercados como o britânico e o australiano. Lançado em julho de 1976, adotava suaves ondulações nos para-lamas traseiros dentro do estilo "garrafa de Coca-Cola", usual na década; já media 4,26 m com 2,50 m de entre-eixos e estava mais largo e baixo. Além de sedã e perua, havia o cupê hardtop SSS. Motores de 1,6 (81 cv), 1,8 (105 cv) e 2,0 litros estavam disponíveis e depois aparecia um 1,4 como opção mais barata. O SSS continuava o mais esportivo.

Não demorou para que, em novembro de 1979, viesse a geração 910 com linhas mais retas e maior área envidraçada. Sedã e perua estavam maiores (4,39 e 4,44 m, na ordem, com 2,52 m entre eixos) e mais pesados (1.145 kg) e ofereciam o motor 1,8 com opção de caixa automática de três marchas sem custo adicional. Alguns mercados tinham ainda o 1,6 e o 2,0 — este com injeção, 120 cv e 17 m.kgf, aliado a freios a disco nas quatro rodas. Desta vez o nome Bluebird era usado também para exportação, mas sob a marca Datsun. O emblema Nissan, adotado em 1983 fora do Japão, marcava a substituição da Datsun por essa marca no mundo todo.

Estilo não era a maior novidade da série subsequente, a U11, que estreava em outubro de 1983: o desenho era praticamente o mesmo do anterior, bastante retilíneo para um tempo em que formas curvas e atenção à aerodinâmica passavam a dominar. Contudo, o Bluebird cedia à tendência pela tração dianteira. Estava disponível como os sedãs normal e hardtop e a perua, sem opção de cupê. Além dos motores 1,6, 1,8 e 2,0 como no 910, surgia em 1984 no Japão um V6 de 2,0 litros com injeção, turbocompressor e resfriador de ar, exclusivo da versão de luxo com frente mais longa chamada Bluebird Maxima — o começo de uma opção que logo seguiria como modelo próprio. Já com 4,59 m e 1.340 kg, tinha ótimo desempenho com os 170 cv e 22 m.kgf, sendo 18 cv mais potente que o V6 de 3,0 litros da versão para os EUA. Na Europa, com apelo mais esportivo, oferecia motor 1,8 turbo de quatro cilindros com injeção, 135 cv e 19,6 m.kgf: era a versão Turbo ZX, que chegava perto de 200 km/h. Outra novidade era o 2,0 a diesel com 58,5 cv e 11,3 m.kgf.

Ainda com traços um tanto retos, a geração U12 era introduzida no Japão em setembro de 1987 apenas como sedãs normal e hardtop — a perua chegava dois anos mais tarde. O entre-eixos atingia 2,55 m e o comprimento 4,52 m, mesmo sem a frente alongada do Maxima. A versão esportiva 1800 SSS estreava em 1988 com motor 1,8 com turbo, duplo comando, 16 válvulas, 175 cv e 23 m.kgf, para alcançar 210 km/h, além de sistema Attesa de tração integral permanente. Ainda mais "quente" era a SSS-R, com 205 cv e 28 m.kgf em um 2,0-litros com turbo e 16 válvulas. A tração integral vinha somada ao sistema Hicas, que fazia esterçar as rodas traseiras em pequeno grau, no mesmo sentido das dianteiras, para maior estabilidade.

O padrão de linhas arredondadas chegava, afinal, em setembro de 1991 à geração U13 desse Nissan. Ganhava formas leves e agradáveis e havia os sedãs normal e hardtop (ARX) de quatro portas, que mediam 4,58 m com 2,62 m entre eixos. Ambos vinham com novo motor 1,8 16V de 125 cv e 16 m.kgf, ao lado do 1,6, e havia opção de tração integral no sedã. O mais potente era o SSS com 2,0 litros, turbo, 210 cv e 28 m.kgf. Curiosamente, as linhas retas voltaram a predominar na série U14, apresentada em janeiro de 1996 sobre a mesma plataforma do Nissan Primera destinado à Europa, com moderna suspensão traseira multibraço. Agora existia só o sedã normal, sem opção por hardtop, e os motores eram de 1,8 e 2,0 litros de aspiração natural, este com 145 cv e 18,2 m.kgf. Podia-se ainda escolher um turbodiesel de 2,0 litros e solicitar o câmbio automático de variação contínua Hyper CVT.

O Bluebird como era conhecido teve a produção encerrada em 2001, mas o nome não desapareceu do catálogo da Nissan. A série G10, chamada de Bluebird Sylphy no Japão, era na verdade o modelo Pulsar com acabamento mais luxuoso. Menor que os anteriores, tinha 4,47 m e entre-eixos de 2,53 m. Usava motores de 1,5, 1,6, 1,8 e 2,0 litros com opções de câmbio automático (tradicional, não CVT) e tração integral, esta só com o 1,8. Mercados de exportação o receberam como Pulsar, Sunny, Almera e até Sentra, o que cria grande confusão entre os Nissans da época.

O Sylphy evoluiu no fim de 2005 para a geração G11, com linhas arredondadas, sem os ângulos marcantes de Nissans recentes como o atual Sentra. Enfim superava os antigos Bluebirds em tamanho — 4,61 m com 2,70 m entre eixos —, mas não na potência: 109 cv no motor 1,5 e 133 cv no de 2,0 litros, este com opção pelo novo câmbio X-CVT. Países como a China o recebem sem o prenome Bluebird, que tem apelo somente no Japão. E um grande apelo, depois de mais de meio século aplicado a um Nissan de grande sucesso naquele mercado.

Menor e menos potente, o Bluebird Sylphy manteve o carismático nome apenas no mercado japonês e já teve gerações G10 (à esquerda) e G11

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