


A série UP20 ganhava motor de
800 cm3 com 36 cv e alterações de estilo, como a grade mais longa e
baixa e a frente inclinada para trás


Com motor de quatro cilindros e
1,0 litro e aspecto mais moderno, a segunda geração foi exportada como
Toyota 1000 e produzida até 1978 |
O
Publica rendeu os primeiros frutos já no ano seguinte: uma perua de três
portas e o estudo de um cupê esportivo, o Publica Sport, que chegaria às
ruas em 1965 como Sport 800 (leia história), além
da opção de caixa de câmbio semi-automática. O acabamento superior
DeLuxe estreava em 1963 com melhorias como sistema de áudio, bancos
dianteiros reclináveis e aquecimento, além de pneus com faixa branca e
detalhes cromados (como calotas e aros de farol) para um ar mais
requintado. No mesmo ano surgia o Publica conversível e, em fevereiro de
1964, um pequeno picape. Na linha 1965 o motor ganhava 4 cv e a perua
recebia o acabamento DeLuxe.
Uma evolução designada como UP20 era lançada em 1966. O desenho estava
mais agradável com a frente ligeiramente inclinada para trás, grade
longa e de perfil baixo e uma suavização geral de linhas. O motor 2U
tivera a cilindrada aumentada para 790 cm³, o que elevou a potência a 36
cv, o torque a 6,9 m.kgf e a máxima para 120 km/h, enquanto o
conversível adotava a versão de 45 cv com carburador de corpo duplo
usada pelo Sport 800. Dentro do esforço para tornar o carro um sucesso
de vendas, a empresa renomeava as concessionárias como Toyota Publica e
reduzia o preço da versão básica. Outra novidade era o lançamento do
furgão compacto MiniAce com base na mesma plataforma. Dois anos mais
tarde, o sedã Super trazia o motor de 45 cv.
Já consolidado no mercado, o modelo buscava uma nova missão com a
estreia da segunda geração, de código UP30, em 1969. Muitos japoneses
nascidos após a guerra (no período conhecido como "baby boom") estavam
tirando sua habilitação, o que justificava oferecer o novo Publica como
um carro moderno e prático para os jovens, não apenas um modelo popular
para famílias de menor renda. A Toyota já produzia desde 1966 o
Corolla, maior e mais potente,
e era com ele que o UP30 tentava se associar. Até mesmo a antiga rede de
concessionárias mudou de nome outra vez — agora para Toyota Corolla.
Suas linhas seguiam as tendências contemporâneas, com traços retos e
poucas curvas. Faróis e grade formavam um conjunto integrado, as janelas
não tinham mais quebra-ventos e um vinco em baixo relevo dava certa
expressão às laterais. As dimensões cresciam para 3,64 m de comprimento,
1,45 m de largura e 2,16 m entre eixos, mantendo a altura de 1,38 m, e o
peso passava a 695 kg. Sob o capô estava o motor da série K de quatro
cilindros em linha e refrigerado a água, uma versão reduzida do
1,1-litro que equipava o Corolla. Com 993 cm³, 58 cv e 7,9 m.kgf,
levava-o até 140 km/h. O mesmo 1,1 em versão de dois carburadores
tornava-se disponível no Publica SL; já o antigo dois-cilindros "a ar"
permanecia em versão de entrada. Os freios contavam com assistência, os
pneus eram radiais na medida 155 R 12 e na suspensão dianteira vinham
molas helicoidais em vez das barras de torção. Um ano mais tarde, o
motor crescia para 1.166 cm³, 77 cv e 9,5 m.kgf tanto no SL quanto no
Corolla.
Com o início da associação do grande fabricante com a Daihatsu, uma
variação do Publica era lançada por essa marca em 1969 sob o nome
Consorte e com motor de 1,0 litro de fabricação própria. Na versão
Toyota, 1970 trazia um novo painel, freios dianteiros a disco e o
acabamento High DeLuxe, com o motor de 1,2 litro e carburador simples. O
motor de dois cilindros — incapaz de atender às novas normas de emissões
poluentes — desaparecia em 1972, ao mesmo tempo em que frente e traseira
(agora em formato fastback) eram
remodeladas na série KP30. No ano seguinte aparecia o cupê Publica
Scarlet com base no novo sedã. Suas dimensões mantinham a tendência de
crescimento: 3,79 m de comprimento, 1,53 m de largura e 2,26 m entre
eixos, com altura reduzida para 1,31 m em busca de um aspecto esportivo.
O motor de 77 cv, o mesmo do SL, lidava com um peso de 755 kg.
Com a geração KP60 de 1978, a Toyota adotava o nome Scarlet para toda a
linha e extinguia a marca Publica. Apenas o picape, já sem a denominação
da família, permanecia em linha por mais 10 anos com motores de 1,2 e
1,3 litro. Vale notar que o nome Publica não foi usado fora do Japão:
outros mercados recebiam a segunda geração apenas como Toyota 1000 e, em
alguns países, com equipamentos não oferecidos aos japoneses.
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