Em fase de renovação

Passada a guerra, a Chevrolet atualizou-se com o Fleetline
e o Styleline, depois substituídos por 150, 210 e Bel Air

Texto: Fabrício Samahá - Ilustrações: divulgação

Mais conhecida divisão da General Motors e sua líder de vendas, a Chevrolet Motor Company foi fundada em Michigan em novembro de 1911 por William C. Durant — fundador da própria GM, mas fora da empresa desde o ano anterior — e Elizabeth Kilgore. Durant tomou emprestado para sua nova marca o sobrenome do piloto Louis Chevrolet, que havia dirigido Buicks para o empresário em provas promocionais. Só sete anos mais tarde ela se tornaria parte da GM.

Como toda a indústria automobilística americana, em 1942 a Chevrolet interrompeu a produção de carros para participar do esforço de guerra. Encerrado o conflito, os fabricantes voltavam a fazer em 1946 os mesmos modelos de antes, com pequenas modificações. No caso dessa divisão da GM, apenas para 1949 seriam apresentados automóveis de novo desenho: as linhas Fleetline e Styleline.

"A mais bela compra entre todas", destacava o anúncio do modelo 1949; pára-lamas
dianteiros integrados à carroceria e vidros maiores estavam entre as novidades

As formas estavam mais leves e atraentes com a integração visual dos pára-lamas dianteiros à carroceria (os traseiros continuavam salientes), grade mais longa e baixa, capô também mais baixo, pára-brisa mais amplo e envolvente, ainda bipartido — chamado de Full Vista, algo como visão completa —, e vidros laterais e traseiro maiores. Desapareciam as séries de frisos laterais, que desde 1947 ornavam as seções atrás das rodas dianteiras e traseiras, e a carroceria como um todo estava mais larga e baixa para um aspecto imponente. O interior contava com conveniências como quebra-ventos nas janelas traseiras, no acabamento DeLuxe, e volante colocado mais à esquerda do que antes.

Da série Fleetline, com traseira em formato fastback, constavam apenas os sedãs de duas e quatro portas, ambos de cinco lugares. A linha Styleline usava um desenho de três volumes definidos e ofereceria variedade bem maior: sedãs de duas e quatro portas com seis lugares, Sport Coupe (com dois bancos inteiriços), Business Coupe (com um só banco e três lugares), conversível de três lugares, perua de quatro portas e oito lugares (com carroceria metálica ou de madeira) e o Sedan Delivery, que era uma versão furgão da perua com dois lugares e três portas. O sedã media 5,02 metros de comprimento, 1,85 m de largura e 2,94 m de distância entre eixos e pesava 1.490 kg.

O câmbio automático Powerglide estreava na linha 1950, cuja série Styleline incluía este sedã DeLuxe e o Special Business Coupe (no alto da página)

O mesmo motor servia a todas as variações: o "Stovebolt" de seis cilindros em linha e 216 pol³ (3,55 litros) de cilindrada, com comando no bloco, válvulas no cabeçote e lubrificação por pescador. A bomba de óleo de baixa pressão lubrificava os mancais do virabrequim, enquanto em maiores rotações jatos de óleo por salpico atendiam os mancais de biela. O apelido Stovebolt foi dado pelos parafusos que prendiam o cabeçote, com aparência que lembrava a dos parafusos de velhos fogões a lenha.

Esta versão fornecia a potência bruta (padrão neste artigo) de 92 cv e o torque de 23,5 m.kgf. Com câmbio manual de três marchas (a primeira não sincronizada), alavanca na coluna de direção e tração traseira, o sedã atingia velocidade máxima de 140 km/h. O chassi separado da carroceria contava com suspensão dianteira independente, com molas helicoidais, e traseira de eixo rígido com molas semi-elípticas. Tambores freavam as quatro rodas, que usavam pneus diagonais 6,70-15. Continua

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos - Envie por e-mail

Data de publicação: 29/4/08

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade