Quase um roadster de teto rígido, o C-3 não impressionava tanto pela sofisticação quanto seu exorbitante preço de US$ 9 mil fazia supor. O modelo aberto custava R$ 1 mil a mais. Ainda assim, por mais que o acabamento externo evitasse cromados, na contracorrente de Detroit, o interior era bastante luxuoso. Mantendo seu estilo habitual, Michelotti criou um cupê de proporções clássicas, parecido em demasia com os Ferraris contemporâneos, porém maior. Seu V8 Chrysler produzia 310 cv a 5.200 rpm e o câmbio era um automático Torqueflite. Mas apenas 30 americanos adquiriram o C-3, o que levou a empresa a cancelá-lo. |
Com desenho estranho nos pára-lamas e motor Chrysler modificado para 325 cv, o C-4 R levou o fundador da empresa ao quarto lugar em Le Mans, após quase 24 horas ao volante |
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Em
1952 viriam o roadster C-4 R e o cupê C-4 RK. Menores e mais leves,
tinham pára-lamas dianteiros afunilados sob os faróis em direção à
grade, o que expunha as rodas. Agora com quatro carburadores Zenith
DD e 325 cv a 5.200 rpm, eles formaram a frota de três carros da
equipe. Dos seis pilotos, só a dupla Cunningham/Bill Spears terminou
Le Mans, em quarto lugar, com o dono da escuderia permanecendo quase
24 horas ao volante. Foi sua mais memorável corrida. Depois de
vitórias na América, os carros voltariam mexidos à prova francesa,
para obter sétima e décima posições em 1953 e terceiro e quinto
lugares em 1954. |
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O C-5 R, que estreou nas pistas em 1953, usava carroceria de alumínio e freios ventilados e foi o melhor Cunningham a competir |
Em
uma corrida de longa duração em Reims, em 1953, Cunningham conheceu
Juan Manuel Fangio. Seu piloto Fitch sobreviveu a um acidente que
destruiu o C-5 R, depois reconstruído nos Estados Unidos. Só em 1955
viria o C-6 R. Menor e mais leve (855 kg), o monoposto tinha volante
à direita e pneus de aro 16. Em vez do V12 do Ferrari 375 MM
planejado no início, a Cunningham preparou um quatro-cilindros
Offenhauser de 3,0 litros com injeção Hilborn, depois trocada por
dois carburadores Weber de corpo duplo, que ajudavam a levar a
potência de 220 para 260 cv a 6.000 rpm. |
O C-6 R participou de poucas provas nos Estados Unidos, parte delas com motor de 3,8 litros da Jaguar |
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De
volta aos EUA, Cunningham correu na prova de abertura da Road
America com o C-6 R. O carro ficou em repouso até que Alfred Momo
instalasse nele motor de 3,8 litros e transmissão Jaguar, em 1957.
Nos treinos para Sebring um cilindro quebrou e ele só voltou a ser
usado em poucas corridas do SCCA (Sports Car Club of America) até
ser aposentado de vez. Briggs Cunningham continuou a pilotar até
1965, quando fez sua última corrida profissional em Sebring, aos 58
anos, com um Porsche 904. Morreu em 2003 aos 96 anos. |
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