Em 1953 chegava uma versão mais potente, com uma designação que seria adotada por anos na empresa: o 1900 TI (Turismo Internacional). Equipada com carburador de duplo corpo, taxa de compressão mais alta e válvulas maiores, sua potência passava a 100 cv a 5.500 rpm. A aceleração estava mais vigorosa e a velocidade chegava a 160 km/h. Nesse ano o 1900 participava de sua primeira corrida de sucesso, a Targa Florio, e também da Mille Miglia. E ganhava em sua classe. Por este motivo a fábrica estampava em sua publicidade a frase "Um sedã de família que ganha corridas".

A renomada Pininfarina fez este cupê, em que o vidro traseiro envolvente teve de ser feito em três peças, pela dificuldade de produção de um inteiriço

Também começavam a ser oferecidas plataformas com a mecânica montada para empresas construtoras de carrocerias especiais, como a Boano e a Pininfarina. Os cupês de ambas tinham uma beleza cativante. Com chassi encurtado, a versão Boano era vendida nas concessionárias Alfa Romeo. Tinha pintura bicolor e a coluna central era truncada. A empresa também fez dois exemplares muito especiais com a mecânica do 1900 e linhas aerodinâmicas. O primeiro foi para Evita Perón, esposa do presidente argentino Juan Domingo Perón, e o outro para um graduado funcionário da Fiat.

Já a famosa Pininfarina fez também um belo conversível, o 1900 C. Em seu cupê a traseira, que deveria ter recebido um vidro envolvente pelo projeto original, esbarrou na limitação produtiva da indústria italiana e acabou com o vigia dividido em três seções. Não ficou de fora a Carrozzeria Touring, que produziu os belos cupês Sprint e Super Sprint. Este último tinha a opção de equipamentos Nardi, como volante de madeira e alavanca de câmbio no assoalho com quatro ou cinco marchas.

A proposta de Zagato foi talvez a mais imponente, com linhas encorpadas e tomadas de ar sobre o capô

Partes da carroceria dos modelos da Touring eram de alumínio, o que justificava a inscrição Superleggera (superleve). A frente tinha os mesmos elementos do sedã, mas trazia dois faróis auxiliares inseridos nas grades horizontais. Visto de lado o cupê esbanjava beleza e tinha rodas raiadas da marca Borrani. A mecânica era a mesma do quatro-portas, mas por ser bem mais leve era mais veloz: final de 180 km/h. Outra carroceria especial era feita por Zagato. Muito imponente, apresentava linhas mais curvas, pára-brisa amplo e duas entradas de ar sobre o capô.

Em 1954 mais duas versões do sedã vinham entusiasmar o público: a 1900 Super, com 1.975 cm³ e um carburador de corpo duplo, e a 1900 TI Super, com a mesma cilindrada e dois carburadores de corpo duplo Weber. Esta versão de 115 cv a 5.500 rpm alcançava 180 km/h, um dos melhores desempenhos da categoria. O painel era remodelado e ganhava três mostradores: velocímetro, conta-giros e um terceiro que agrupava temperatura de água, pressão do óleo, amperímetro e luzes de advertência. Por incrível que pareça, este sedã apresentado no Salão de Paris custava mais caro que um Jaguar XK 120.

O 1900 Super com motor de 2,0 litros serviu à polícia italiana nesta versão, com pára-brisa bipartido, luzes auxiliares e teto que se abria sobre o banco traseiro

O Super foi usado pela polícia italiana em uma versão específica, com pára-brisa bipartido, faróis auxiliares e um teto que se abria na parte traseira, para facilitar as coisas quando fosse preciso atirar. Ganhou o apelido de Pantera, por sua agilidade e pelo som imponente do motor. No ano seguinte o Super Sprint estava ainda mais potente. Com 115 cv, dois carburadores duplos e caixa de cinco marchas, chegava a ótimos 190 km/h.

Nesta época a fábrica já produzia a linha Giulietta e o sedã 2000 (que daria origem ao FNM 2000 JK brasileiro). A empresa tinha uma bela linha, com produtos atraentes e famosos pelos sucessos nas pistas.
O Alfa 1900, um responsável pelo renascer da marca, foi produzido até 1959 num total de 21.304 unidades em suas várias versões de carroceria. Encerrada a fabricação na Itália, a estamparia foi vendida para a Kaiser argentina, que passou a produzi-lo com o nome de IKA Bergantín, entre 1960 e 1962. O motor, no entanto, era uma adaptação de quatro cilindros do seie-em-linha do Kaiser Carabela.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade