Em todos vinha o motor de seis cilindros em linha e 3.548 cm³, denominado Blue Flame (chama azul), que faria história. O primeiro "seis" da famosa fábrica havia estreado em 1928. Havia também uma versão de maior cilindrada com 3.860 cm³. A potência bruta era de 85 cv a 3.200 rpm para o motor menor e de 93 cv (com torque máximo de 19,1 m.kgf) para o maior, ambos alimentados por um carburador de corpo simples da marca Carter. A velocidade máxima do mais potente era de 140 km/h. |
Toda a linha de 1939 usava os mesmos motores de seis cilindros: o de 3,55 litros, com potência de 85 cv, e o de 3,9 litros e 93 cv |
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A
tração era traseira e o câmbio manual, com alavanca na coluna, tinha
três marchas. A GM oferecia como opção um sistema de assistência a
vácuo, que fazia 80% do esforço antes necessário para as mudanças. A
suspensão dianteira tinha braços sobrepostos, molas helicoidais e
amortecedores, e a traseira, eixo rígido e molas semi-elíticas. Seus
pneus usavam a medida 6,00-16 e os quatro freios eram a tambor. |
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![]() O cupê preto de número 38 levou Fangio à primeira vitória, numa prova entre San Juan e Catamarca; o vermelho de número 1 ficou marcado pelo acidente que matou seu co-piloto, ainda em 1939 |
Com o Chevrolet 1939 de número 38, preto, Fangio ganhou sua primeira
prova entre as cidades de San Juan e Catamarca. Era um carro
imponente, com correias para segurar o capô e pára-lamas cortados,
favorecendo a aerodinâmica. Nascia então na Argentina a rivalidade
Chevrolet versus Ford e, ao mesmo tempo, Fangio versus Oscar Gálvez.
Este tinha à disposição um motor com oito cilindros em "V", mas o
carro de Fangio recebia uma boa preparação, da suspensão um pouco
mais alta (com amortecedores adicionais na dianteira) ao motor com
três carburadores Carter e cabeçote especial, o que elevava sua
potência para 130 cv. Com caixa de quatro marchas, a velocidade
máxima chegava a 160 km/h. |
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Confortável e elegante para as ruas, o Chevrolet 1939 mostrou competência também nas pistas |
O grande Juan Manuel ganhou e sagrou-se campeão argentino de provas Turismo Carretera naquele ano, obtendo boas colocações em outras provas. Em 1941, a bordo do mesmo carro, ganhou o Grande Prêmio Getúlio Vargas, no Brasil, e a Mil Milhas Argentinas, tornando-se bicampeão na categoria. Os três carros foram restaurados com grande fidelidade e cuidado e estão hoje no Museu de Balcarce, que era muito bem supervisionado por Toto, Rubén Renato Fangio, irmão do pentacampeão mundial de Fórmula 1. |
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