Vigor em dúzias
Com o primeiro motor V12 produzido em série, o Packard |
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Já
houve uma marca americana capaz de suscitar respeito e admiração
comparáveis aos da britânica Rolls-Royce. A reputação deste fabricante
europeu foi esculpida não só em luxo e opulência, mas em qualidade e
inovação tecnológica, da mesma maneira que aconteceu à Packard, do outro
lado do Atlântico. Desde o início os modelos da marca visavam atender às
classes abastadas americanas. Entretanto, nenhuma inovação apresentada
pela Packard surpreendeu mais que o primeiro motor V12 do Twin Six,
apresentado em 1916. |
O Modelo A de 1899, primeiro carro da Packard, tinha um motor de um cilindro e 12 cv, potência que já se destacava no cenário da época |
Mesmo que fosse considerado por muitos o melhor carro da época, o
Winton superaquecia e quebrava com freqüência. Packard levou o carro
de volta ao fabricante e sugeriu várias melhorias. Alexander Winton,
que dirigia a empresa, desdenhou e disse que, se Packard era tão
esperto, que ele fizesse seu próprio carro. Pois o desafio funcionou.
Em 1899 surgia o Modelo A, movido por um motor de quatro tempos e um
cilindro com potência de 12 cv — tão pouco, mas o bastante para fazer
dele um dos veículos mais potentes do mercado. Custava 1.200 dólares
e, por mais 100, vinha com assentos extras e capota. |
Estes modelos phaeton (conversível de quatro portas, ao lado) e landaulet (abaixo) pertencem à linha Twin Six... |
...lançada em 1915, que introduziu ao mundo o motor de 12 cilindros; a unidade de 6,9 litros fornecia 88 cv |
A
qualidade de seus carros era notória, até o Modelo K de 1903 ter
problemas de transmissão. Em atitude bem diferente da tomada pela
Winton, a empresa comprou de volta os K defeituosos e os destruiu — um
precursor extremo das convocações tão comuns hoje... O controle de
qualidade foi logo revisto e algumas inovações técnicas trataram de
restabelecer a imagem da Packard. Entre elas estava o avanço de
ignição automático, o câmbio com engates na hoje habitual disposição
em "H" e o acelerador comandado pelo pé. Enquanto isso, os fabricantes
da primeira década do século 20 estabeleciam uma verdadeira batalha
por motores mais potentes. Além de aceleração e velocidade melhores, a
força do motor facilitava o funcionamento dos câmbios sem marchas
sincronizadas. |
Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos - Envie por e-mail Data de publicação: 1/8/06 © Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade |