No ano seguinte o motor crescia um pouco, para 4,1 litros, e a potência passava a 120 cv a 3.800 rpm. Os Chryslers para 1942 eram fáceis de reconhecer: a nova frente, apelidada de estilo aligátor, trazia faróis mais centralizados, próximos ao corte do capô, e a grade tinha frisos cromados horizontais que invadiam a lateral dos pára-lamas dianteiros. Os traseiros tinham os mesmos tipos de friso e os estribos, já discretos em 1941, agora vinham mais escondidos por um ressalto de madeira nas portas. Entretanto, as novidades não seriam plenamente aproveitadas: a história irrompia na vida americana como nunca até então. |
O acabamento woody daria charme também ao roadster 1946, que não chegou ao mercado No
dia 7 de dezembro de 1941, a base naval americana de Pearl Harbor, no
Havaí, foi atacada pelo Japão, então integrante do eixo formado pela
Alemanha e a Itália na Segunda Guerra Mundial. O trágico incidente
marcou a entrada dos Estados Unidos no conflito. Toda a indústria
automobilística do país se engajou no esforço de guerra e interrompeu
a produção de carros para fabricar armamentos. No caso da
Chrysler, o último automóvel saiu da linha de montagem em 29 de janeiro de
1942. Nesse mês, por edital do governo, todas as partes metálicas dos
carros saíram pintadas. |
Entre 1946 e 1948 (ano do modelo da foto) o conversível foi o Town & Country mais vendido; seu motor de oito cilindros e 135 cv era mais forte que o do sedã da mesma época |
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Nenhuma outra marca de luxo americana oferecia modelos com carroceria
de madeira — que não fossem peruas — além da Chrysler. Ela soube
explorar o charme de seu Town & Country, mais sofisticado que os
modelos woodies da Ford, Chevrolet e Nash. Mais que isso, a
Chrysler conseguiu fazer de um material visto como inferior a essência
do símbolo de status e glamour, que o Town & Country se tornou.
Artistas de Hollywood fizeram dele um dos seus carros favoritos. A
nova frente dos modelos 1946 apresentava faróis novamente nas
extremidades e grade em formato quadriculado como uma gaita. |
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O cupê hardtop era a única opção na linha 1950 com esse nome marcante, que seria usado em outros modelos da Chrysler nas décadas seguintes |
A
madeira se resumia às molduras de freixo sobre estruturas de aço, mas
a perua woody Chrysler Royal 1949 trazia de volta a idéia
básica da Town & Country original. O novo e menos amadeirado
conversível encontrou 1.001 compradores. Um ano mais tarde dava lugar
ao hardtop antes previsto, que teve apenas 701 unidades
produzidas e acompanhou o Crown
Imperial em uma inovação: um tipo peculiar de freio a disco,
chamado Ausco-Lambert. Com dois discos dentro de um tambor em cada uma
das quatro rodas, o sistema, caro e de difícil modulação, durou apenas
um ano no Town & Country e quatro no Crown Imperial. O hardtop saiu de linha ao fim daquele ano-modelo, junto à perua
woody Royal. Era o declínio das carrocerias de madeira. No
entanto, apesar de perder o detalhe
característico, o nome do modelo estava longe de desaparecer. |
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