A mecânica pouco se diferenciava da usada por outros minicarros japoneses da época, como o Honda N360 e o Mazda R-360. Até a cilindrada era igual — 356 cm³ —, pois estava entre as especificações definidas pelo governo em seu incentivo aos modelos populares. Com dois cilindros paralelos a dois tempos, arrefecimento a ar e taxa de compressão de 6,5:1, o motor da Subaru desenvolvia potência máxima de 16 cv a 4.500 rpm e torque de 3 m.kgf a 3.000 rpm. Sem dúvida, valores mais próximos de uma moto atual de média cilindrada que de um automóvel de hoje. |
No interior, banco dianteiro inteiriço com encostos individuais e um painel espartano, só com o velocímetro |
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O
câmbio tinha quatro marchas, com alavanca no assoalho, mas o sistema
elétrico já era de 12 volts. Usava modestos pneus 4,80-10 e alcançava
velocidade máxima de 90 km/h, adequada a sua proposta. Mais
importante, naquela época de pouco dinheiro, era o consumo médio de 28
km/l de gasolina. A estrutura monobloco, como no protótipo 1500,
recebia suspensões independentes nas quatro rodas, por meio de braços
arrastados na frente e semi-eixos oscilantes na traseira — esta, outra
semelhança com o VW. E os freios eram a tambor com comando hidráulico. |
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Um importador quis vender o 360 nos Estados Unidos, onde foi oferecida também a versão Young S, com acessórios esportivos: a maioria das unidades ficou mais de três anos à espera de compradores |
Não adiantou muito a oferta da versão Young S, que buscava um apelo
jovial com um interessante pacote de acessórios: quadro de
instrumentos maior com conta-giros, volante esportivo com raios
metálicos e aro revestido em couro marrom, bancos individuais com
revestimento em preto (encostos de cabeça e cintos de segurança eram
oferecidos como opcionais), pomo do câmbio de madeira, lavador de
pára-brisa e seu limpador com duas velocidades, além do teto em preto
com faixas longitudinais brancas. Na descrição de seus elementos, a
Subaru falava em "buzina projetada para uso em velocidades mais
elevadas", como se isso fosse possível com tanta potência... |
Oferecido como picape e furgão, o Sambar era um utilitário leve com a mesma mecânica do 360, só que um pouco mais potente |
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O
360 foi vendido no Japão por nada menos que 13 anos, até maio de 1970.
Por dois anos conviveu com seu sucessor: o R-2, que chegara ao mercado
em agosto de 1969 com formas retilíneas (que, apesar do mesmo
comprimento, aproveitavam melhor o espaço), suspensão traseira
evoluída, com braços semi-arrastados, e o motor de 356 cm³ otimizado
para render 36 cv e 3,8 m.kgf. |
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