Um esportivo para elas e eles

Com estilo agradável e motor pequeno e econômico, o
Simca 1000 Coupé fez sucesso também entre as mulheres

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

A empresa francesa Simca, situada em Nanterre, nas cercanias de Paris, sempre teve atração por carros esportivos. Os primeiros foram produzidos no final da década de 1940: o Simca 8 Sport, com linhas muito interessantes e algumas carrocerias fabricadas pela Figoni & Falaschi. Em meados dos anos 50, a linha de sedãs Aronde dava origem a um atraente cupê, que também tinha versão conversível. Eram os modelos Océane e Plein Soleil, muito raros hoje em dia.

Já um pouco envelhecidos, a empresa começou a estudar um novo modelo de dimensões pequenas. E pediu auxilio ao estúdio italiano Bertone para desenhar e confeccionar as primeiras carrocerias. Em março de 1962 era exibido no Salão de Genebra, na Suíça, o Simca 1000 Coupé, que ficaria conhecido por Simca 1000 Bertone. O desenho era obra do jovem Giorgetto Giugiaro, então trabalhando para o estúdio italiano antes de abrir seu próprio negócio.

Compacto, com menos de quatro metros de comprimento, o "Simca Bertone" exibia formas suaves e harmoniosas, criadas por Giorgetto Giugiaro em trabalho para o estúdio italiano

O Coupé fez sucesso no estande da empresa, mas só chegou às ruas no primeiro semestre de 1963. Tratava-se de um esportivo 2+2 com 3,92 metros de comprimento, 2,22 m entre eixos e peso de 795 kg. Com linhas curvas, era moderno e muito simpático. Agradou bastante também ao público feminino. Tinha dois faróis circulares e um friso que cortava a frente ao meio. Visto de lado era notável a ampla área de vidros, para uma ótima visibilidade. A traseira em fastback dava um charme à parte. A aerodinâmica era bem estudada.

Seu motor traseiro, que tinha ótimo acesso, era longitudinal, com quatro cilindros em linha, refrigeração a água, 944 cm³ e potência de 52 cv a 5.400 rpm. O bloco era de ferro fundido e o cabeçote de alumínio, e a alimentação recorria a um carburador Solex. Fazia de 0 a 100 km/h em 21 segundos e sua velocidade final era de 140 km/h. Nada de fantástico, mas agradava — com a vantagem de ser muito econômico, fazendo até 15 km/l. Sobre a tampa tinha entradas de ar para ajudar na refrigeração. O tanque de gasolina ficava ao lado do radiador.

O motor de menos de 1,0 litro fornecia 52 cv, suficientes para marcas modestas de desempenho, mas que não faziam feio diante da concorrência da época  

O Coupé usava tração traseira e câmbio de quatro marchas, todas sincronizadas. Os pneus na medida 145-350 (em milímetros, ou 13,7 pol) recebiam rodas com calotas cromadas. E o estepe ficava alojado sob o capô dianteiro. Junto com ele, só uma mala de pequenas dimensões. Continua

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Data de publicação: 22/2/05

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