Também concorriam com ele o Buick Wildcat e o Chevrolet Impala fastback. Os motores partiam de um seis-cilindros em linha de 3,8 litros, com 147 cv a 4.300 rpm (potência bruta, como todas neste artigo) e torque máximo de 29,7 m.kgf; as válvulas eram no cabeçote e o comando lateral. Outro, pouco mais potente, oferecia 157 cv — com esta potência chegava a 165 km/h.

Um cupê de apelo esportivo e opção de até 274 cv de potência, mas com espaço para seis pessoas e banco traseiro confortável

Mais interessantes eram os de oito cilindros em "V". O mais modesto começava com 201 cv e 4,7 litros. Após vinha o de 5,35 litros e 253 cv, alimentado por um carburador duplo Holley em posição invertida. Com torque máximo de 46,9 m.kgf e caixa automática Flash-O-Matic de três marchas, chegava a 185 km/h. Boa disposição para enfrentar a concorrência. O motor topo-de-linha descarregava 274 cv a 4.700 rpm. Com ele, sua relação peso-potência era de 5,7 kg/cv. Era alimentado por um carburador de corpo quádruplo, também da marca Holley, e chegava a 195 km/h, fazendo de 0 a 100 km/h em 9 segundos. Bons números para o esportivo da AMC.

Todos os modelos tinham tração traseira. Sua suspensão dianteira, em trapézio, tinha rodas independentes e molas helicoidais. Atrás usava eixo rígido. Com este conjunto não permitia manobras vigorosas em curvas muito fechadas — saía de traseira, queimando os pneus. Estes eram na medida 7,75-14 em rodas de aço. Seus freios dianteiros eram a disco e atrás a tambor, com servo-freio.

A reestilização de 1967 o deixava mais elegante, com a frente de seis faróis, janelas laterais menores e a traseira de aspecto mais comum

Apesar do bom desempenho, as vendas não decolavam. A disputa ficava mais acirrada com a chegada do belo e potente Dodge Charger, em 1966. No ano seguinte o Marlin ganhava nova carroceria, baseada no sedã Ambassador. Estava bem mais ajustado e bonito. Vistos de longe, ele e o Charger podiam ser confundidos. Na frente os quatro faróis circulares estavam em posição vertical. A grade do radiador vinha subdividida e havia mais dois faróis. A traseira fastback estava mais de acordo com as linhas. Como opcionais havia o teto de vinil e bonitas calotas raiadas. Visto de qualquer ângulo, agradava. Sobre o capô e os pára-lamas dianteiros conservava o símbolo mascote do peixe como enfeite, de fácil identificação.

Por dentro também estava bem melhor. Na versão mais potente ganhava um conta-giros sobre o painel. Também tinha relógio, retrovisor interno dia/noite e controle interno dos retrovisores externos. Os bancos, tanto dianteiros quanto traseiros, contavam com apoio de braço — sem o uso deles acomodava, se não tivesse a alavanca de câmbio no console, seis passageiros com conforto.

A pintura em preto do teto e da tampa traseira, para destacar o estilo fastback, permanecia disponível nesse que foi o último ano para o Marlin

Mas as vendas continuavam baixas e a concorrência muito forte. Entravam nela também o Ford Galaxie XL, o Pontiac Grand Prix e o Chevrolet Monte Carlo. Logo foi descontinuado: a empresa preferiu apostar em novos projetos como o Javelin e o AMX, que eram mais promissores, para atacar de frente o Mustang e o Chevrolet Camaro. Foram produzidos apenas 4.547 exemplares do Marlin, que hoje atraem vários colecionadores pela raridade.

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