Um americano insular

Com o nome de uma ilha do Pacífico, o Pontiac Catalina
foi exemplo do exagero dos modelos grandes americanos

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

Catalina é uma ilha no sul da Califórnia, banhada pelo Oceano Pacífico, nos Estados Unidos. Distante mais ou menos 35 quilômetros de Long Beach, é famosa por suas águas claras e clima quente, que atraem muitos turistas americanos. Este nome é mais conhecido dos brasileiros por causa da marca de maiôs das beldades do elegante concurso Miss Universo. Também é famoso entre os amantes da aeronáutica por ser um modelo de hidroavião.

Mas não é só: Catalina também era um automóvel da Pontiac, divisão da General Motors fundada por Edward Murphy com o nome de Pontiac Buggy Company. Fabricava carruagens. Em 1907 tornou-se a Oakland Motor Company e, dois anos depois, foi adquirida por William Durant para fazer parte da GM. Em 1926 tornava a se chamar Pontiac, nome de um chefe de uma tribo.

Em 1959 o Catalina ainda era uma versão de acabamento do Pontiac, mas já impressionava pelo porte

A década de 1950 foi marcada por um desenvolvimento considerável na industria automobilística americana. Os carros estavam mais modernos, tinham linhas mais retas e estavam também maiores. A General Motors era dona das marcas Oldsmobile, Chevrolet, Buick, Cadillac e Pontiac. Esta, intermediária entre a Chevrolet e a Buick, em termos de preço, tinha nítida tendência esportiva.

O Catalina surgiu como uma versão de acabamento, mas em 1960 passava a ser um modelo Pontiac. Foi lançado com carrocerias sedã de quatro portas, perua também quatro-portas, cupê e conversível. Nestas duas últimas era notável o tamanho do porta-malas (enorme, com escolha entre seis e nove lugares), que se destacava. Também atraía a atenção a grade cromada, de frisos horizontais e pontiaguda ao centro. Seria uma marca registrada dos novos Pontiacs.

Em 1961 já tinha estilo mais moderado, com a grade pontiaguda que marcou a Pontiac

Seu motor V8 de 6.374 cm³ (389 pol³) tinha potência variável conforme a alimentação usada: 267 cv com um carburador duplo, 333 cv com um de corpo quádruplo, 348 com três carburadores duplos, até culminar com estrondosos 363 cv na versão de topo — todas potências brutas. Época de gasolina farta e barata. Podiam vir com câmbio manual de quatro marchas Borg-Warner ou automático de três da Hurst. A tração era traseira.

Por serem muito pesados, por volta dos 1.750 kg, não eram tão rápidos quanto as potências sugeriam. A velocidade máxima variava entre 160 e 185 km/h, conforme a versão. Com o motor de 348 cv, o 0-100 km/h era feito em 8,9 segundos, boa arrancada para um automóvel desse porte. Por dentro transportava com muito espaço seis passageiros em seus bancos inteiriços. O volante de grande diâmetro tinha dois raios. O painel tinha velocímetro horizontal e, inserido neste, os marcadores de temperatura e nível de combustível. Relógio ao centro e rádio faziam parte do pacote. Continua

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Data de publicação: 23/11/04

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