A agilidade e o comportamento dinâmico do A112 logo fizeram adeptos entre os que, mesmo com um carro pequeno, apreciavam certa esportividade. Não demorou para que Carlo Abarth, fundador da empresa de preparação que levava seu sobrenome, se interessasse por ele. O pequeno Autobianchi assinado pelo preparador tinha o motor aumentado para 982 cm³, com 58 cv a altas 6.600 rpm.

No interior do Abarth, volante esportivos e instrumentos adicionais mais à direita; o aspecto interno era bem semelhante ao do Fiat 127/147, que nasceria dois anos depois do A112

Era disponível apenas em vermelho, com capô e faixa na traseira em preto, e ganhava bancos esportivos com encostos de cabeça na frente, painel completo (incluindo manômetro e termômetro de óleo) e servo-freio. A máxima de 150 km/h era ótima para seu porte e as acelerações bastante boas, com auxílio do peso contido, 700 kg. Essa versão, mais tarde oferecida com pintura integral vermelha, chegou a competir em ralis e vencer em sua classe, como no de Monte Carlo em 1975.

No Salão de Genebra de 1973 o A112 aparecia com melhorias no painel, nos bancos e no visual externo -- novos pára-choques e grade. Além da versão Abarth, oferecia a básica e a Elegant, ambas com potência elevada a 47 cv. No mesmo ano o estúdio Pininfarina exibia o carro-conceito A112 Giovani, um cupê com jeito de bugue e motor do Abarth, que nunca foi produzido em série. Já no final do ano seguinte vinham outras mudanças: lanternas traseiras maiores, grade dianteira também mais ampla e, por meio de um redesenho interno, capacidade para cinco pessoas, ainda que sem muito conforto.

Grade, pára-choques e lanternas traseiras foram alvo freqüente de mudanças, mas o pequeno Autobianchi manteve o estilo básico por 17 anos

Ao mesmo tempo o Abarth passava a oferecer um segundo motor, de 1.050 cm³ e 70 cv a 6.600 rpm, para alcançar 160 km/h. Em um ano substituiria a versão de 58 cv. A linha 1978 aparecia com novos retoques de estilo -- grade, pára-choques -- e aprimoramentos internos, como local para o rádio no painel e melhor isolamento de ruídos. O acabamento Elegant vinha com um inédito motor de 965 cm³ e 48 cv; o Abarth recebia defletor frontal. A quinta série do A112, lançada em julho de 1979, trazia mais uma vez novas grade e lanternas traseiras, além de duas outras versões: Junior, que substituía a básica, com motor de 903 cm³ e 42 cv; e Elite, com o mesmo propulsor de 965 cm³ da Elegant, acrescido de ignição eletrônica e câmbio de cinco marchas -- este também aplicado ao Abarth.

A escalada de pequenas novidades, sem alterar a já antiga carroceria, prosseguia no Salão de Paris de 1982: pára-choques envolventes em plástico, novas lanternas traseiras e grade, melhor acabamento, bancos dianteiros que corriam à frente para facilitar o acesso à parte traseira. A versão LX, que substituía a Elegant, trazia controle elétrico dos vidros e, como as demais, opção de teto solar. Em 1984 vinha a última série de retoques, incluindo faróis de neblina e cintos em vermelho no Abarth.

Na versão Junior de 1984 os pára-choques já eram envolventes; detentora da marca, a Lancia o manteve em produção até 1986, quando cedeu o lugar ao Y10

A longa carreira do A112 parecia terminada em março de 1985 quando, no Salão de Genebra, a Autobianchi apresentava o Y10. Apesar do novo e moderno carrinho de linhas retas, a marca manteve o velho campeão em linha na versão básica, que durou até o ano seguinte. De 1969 a 1982 foram vendidas cerca de 1,25 milhão de unidades. Absorvida pela Lancia -- uma das marcas do grupo Fiat -- já em 1969, a empresa permaneceu no mercado até o final da década de 1980.

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