No Salão de Genebra de 1962 a Vignale revelava uma versão cupê com carroceria de aço (exceto capô e tampa do porta-malas, ainda de alumínio), 2+2 lugares e o chassi curto do conversível. Surgia ali o mais famoso modelo da série, conhecido como Sebring, embora a designação inicial fosse 3500 GTIS. A versão definitiva era exibida no evento de Turim, no ano seguinte.

No interior do 3500 GT, bancos individuais, volante Nardi de três raios e um painel completo  

Batizado em homenagem à vitória da marca na 12 Horas de Sebring, na Flórida, Estados Unidos — uma acertada estratégia de marketing, já que o mercado americano era um alvo dos mais importantes —, o novo cupê podia vir fartamente equipado, com ar-condicionado, rádio, câmbio automático, pintura especial e rodas raiadas Borrani com pneus Pirelli Cinturato. Media 4,47 metros, pesava 1.200 kg e usava pneus 185-16, trocados pelos 205-15 em versões posteriores.

Seguiram-se dois aumentos de cilindrada, primeiro para 3.692 cm³ (245 cv), depois para 4.012 cm³ (255 cv). Algumas alterações de estilo chegavam em 1965 para o deixar mais parecido ao sedã Quattroporte, lançado dois anos antes: faróis duplos mais integrados, saídas de ar laterais mais altas, lanternas traseiras horizontais em vez de verticais, limpadores de pára-brisa convencionais. Assim ele permaneceu até o final da produção, em 1969, quando somava pouco mais de 2.800 exemplares da série — sendo quase 2.000 dos iniciais GT e GTI e 600 Sebrings.

Um cupê de aço com o chassi curto do conversível, o Sebring acabou se tornando famoso. Este modelo de 1966 já trazia faróis duplos

Alguns chassis do 3500 GT (exatos 34) tiveram um destino inusitado. Quatro acidentes no GP da Venezuela de 1957, com os modelos 450S da equipe de competições da Maserati, levaram a marca a abandonar o esporte. Vendo-se com motores V8 de 5,0 litros sem utilidade, a empresa recebeu a sugestão do Xá do Irã, que seria um de seus compradores, de instalá-los no chassi do 3500 de entreeixos longo, o que resultou no 5000 GT no Salão de Turim de 1959.

Era um motor de tecnologia primorosa, com câmaras de combustão hemisféricas, duplo comando acionado por trem de engrenagens e duas velas por cilindro. Com 325 cv a 5.700 rpm e 45,6 m.kgf a 3.500 rpm, o cupê tornava-se um dos mais rápidos, caros e exclusivos automóveis de seu tempo — máxima de 275 km/h e apenas 6,5 s para acelerar de 0 a 100 km/h. Os dois primeiros usavam carburadores, sendo destinados ao Xá da Pérsia e a Basil Read, dono do circuito sul-africano de Kyalami. Os demais tinham injeção e 15 cv a mais.

Feitos com motores V8 que serviam aos 450S de competição, os poucos 5000 GT marcaram pelo desempenho e a exclusividade: só 34 produzidos, nenhum igual ao outro. Este tem carroceria Touring

Como no modelo de que derivava, diversas empresas forneciam carrocerias, como Allemano, Touring, Frua, Bertone e Pinin Farina. A variedade de opções permitiu que nenhum carro fosse concluído exatamente igual a outro. Hoje são atrações garantidas quando aparecem nos eventos de aficionados pela marca do tridente.

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