Os Allantés
embarcando em aviões Boeing 747, para Turim, e de volta aos EUA para
receber os órgãos mecânicos: "a mais longa linha de produção do mundo"
Na ida de Detroit para
Turim, na sede da Pininfarina, levavam-se duas metades do chassi do
Eldorado e itens como ar-condicionado, coluna de direção e a maior
parte dos componentes eletrônicos. Na fábrica italiana as duas partes
do chassi eram cortadas e soldadas, e então recebiam a carroceria, a
pintura e o interior.
De volta à fábrica de Hamtramck, no estado de Michigan, nos EUA, eram
adicionados os subchassis dianteiro e
traseiro, suspensão, transmissão, caixa de direção, os freios (com
sistema antitravamento ABS Bosch III), tanque de combustível, rodas e
pneus. Até irem para as lojas, os carros rodavam 40 quilômetros
pilotados por dois times de especialistas, que assinavam o carro
pronto no melhor estilo Rolls-Royce.
Para a linha 1989, o motor passava a 4,5 litros e 200 cv, com torque
de 37,3 m.kgf a 3.200 rpm. A velocidade máxima subia de 200 para 216
km/h. Ganhava novos bancos, alarme e, no ano seguinte, acionamento
elétrico da capota. Mas não foi suficiente para apagar sua má fama. Em
1992 foi o carro-madrinha da 500 Milhas de Indianápolis, o que
tampouco influenciou em suas fracas vendas — 1.931 unidades naquele
ano. A cartada final para tentar salvar o belo roadster viria
com o modelo 1993.
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