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Curioso é que o nome Metropolitan só foi definido em 22 de janeiro de 1954, dois meses antes do lançamento -- os primeiros carros já tinham chegado à América em dezembro de 1953 com o nome NKI Custom, sigla referente a Nash-Kelvinator International. Embora a substituição dos emblemas tenha sido providenciada até março, algumas unidades foram vendidas com o nome antigo. Esses receberiam novos emblemas assim que passassem por algum serviço nas concessionárias.

Pintura em duas cores, elementos cromados, estepe na traseira: o estilo dos anos 50 combinado a um motor Austin de 1,2 litro e 42 cv

Fabricado de 1953 a 1961, o pequeno Met foi vendido pelas concessionárias da própria Nash, da Hudson e da AMC nos EUA e Canadá até 1962. No ano de seu lançamento, vinha nas versões 541 conversível e 542 cupê, ambas com o teto em cor distinta da carroceria. A Fisher & Ludlow fazia a carroceria e a mecânica ficava por conta da Austin, ambas de Birmingham, Inglaterra. Apesar do tamanho, não era intenção da AMC vender um carro barato. Para tanto, ele era mais bem-equipado que vários americanos da época. Seu preço ficava na casa dos US$ 1.400.

Vinha com o motor quatro-cilindros do Austin A-40, de 1.200 cm3 e comando de válvulas no bloco. O câmbio era manual de três marchas, com alavanca na coluna da direção. Produzia 42 cv a 4500 rpm, torque de 6,2 m.kgf a 2.400 rpm e anunciava-se consumo em torno de 17 km/l. Pesava apenas 820 kg e seu entreeixos era 2,16 metros, com 1,5 m de largura e 1,37 m de altura.

Após dois anos de mercado, em abril de 1956, ganhou motor mais potente, de 1.500 cm3 e 52 cv a 4.500 rpm. A taxa de compressão cresceu de 7,2:1 para 8,3:1 e o torque máximo chegou a 7,7 m.kgf a 2.500 rpm. Assim como a grade, o capô ganhou novo desenho mais simples, sem a tomada de ar. A nova série 1500 trazia rádio, aquecedor e acendedor de série, frisos cromados e, seguindo a tendência do momento, duas cores na carroceria. O conversível passou a ser chamado de 561, o cupê de 562.

O simpático modelo conversível: a mesma mecânica simples e interior bem-equipado do cupê, a um preço que não o colocava entre os mais baratos

Em dezembro daquele ano, o Met passou a ser vendido em outros mercados e ficou conhecido como Austin Metropolitan, mas nunca levou o emblema do fabricante britânico. Em 1957, com uma reestruturação de suas marcas, a AMC começou a dissolver a Nash e a Hudson para criar a linha Rambler. Embora o carrinho inglês fosse vendido tanto como Nash Metropolitan quanto Hudson Metropolitan, seu nome passou a ser sua própria marca.

Na linha 1959 foram acrescentados itens de conforto como porta-luvas nas portas, ajuste de assento, quebra-ventos e nova tampa do porta-malas, além de pneus maiores. O motor ficou um pouco mais potente, com 55 cv a 4.600 rpm e torque de 8,2 m.kgf a 2.400 rpm. A versão de 52 cv permanecia. As vendas anuais atingiram seu ápice, com 22.209 unidades.

Outras pequenas novidades foram incorporadas até 19 de abril de 1961, quando o último foi produzido. Havia mais de um ano de estoque pronto para vender, o que manteve o modelo na linha 1962. Só em março deste ano era anunciado o fim do carrinho. Foram cerca de 95.000 unidades vendidas na América e em torno de 9.500 no resto do mundo. Ironicamente, o Met não fez sucesso na Europa.

O estilo foi pouco modificado durante os oito anos de produção: este modelo de 1960 se parece muito com os primeiros, embora tenha ganho 13 cv de potência

O Metropolitan uniu a genuína capacidade européia de criar carros muito interessantes com um mínimo de recursos à criatividade quase sem limites dos projetos de Detroit, que vivia seu apogeu na década de 50. Nada na América se parecia com ele e nada semelhante foi vendido por lá desde então. Fica a lembrança desse casamento curioso, divertido mas discreto, entre duas culturas, ainda mais surpreendente por ocorrer durante a era do exagero automobilístico.

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