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Um italiano de nome americano

Para lembrar suas vitórias na 500 Milhas, a Maserati
criou um cupê de quatro lugares e motor V8
o Indy

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Em 1968, ao ser adquirida pela Citroën para tentar se recuperar de um período de dificuldades financeiras, a marca italiana fundada em 1926 pelos irmãos Alfieri, Ettore, Bindo e Ernesto Maserati tinha em linha cinco modelos: o Sebring e o Mistral, com motores de seis cilindros em versões de 3,5, 3,7 e 4,0 litros; o Quattroporte, o Mexico e o Ghibli, com os V8 de 4,2 e 4,7 litros.

Foi nesse contexto que, no Salão de Turim daquele ano, apareceu no estande da Carrozzeria Vignale o estudo de um cupê de quatro lugares, de linhas fluidas e elegantes, baseado na concepção de motor V8 dianteiro e tração traseira já em uso em Maseratis. O desenho era de Alfredo Vignale, responsável por modelos célebres da marca do tridente -- como o 3500 GT -- e pelos Sebring e Mexico então em produção.

Para acomodar quatro pessoas, o estilo do Indy não era tão elegante quanto o
do Ghibli, mas o estúdio Vignale conseguiu um bom resultado neste cupê

Em março do ano seguinte, no Salão de Genebra, era lançado o Indy, nome que lembrava as vitórias da Maserati -- única marca italiana a fazê-lo, ao lado da Dallara -- na lendária 500 Milhas de Indianápolis em 1939 e 1940. O estilo da carroceria, que passava a ser do tipo monobloco, não tinha a suavidade do Ghibli, pela necessidade de acomodar dois adultos no banco traseiro, mas era moderno e atraente, sobretudo pela dianteira.

O capô era baixo e longo, mas não tanto quanto naquele outro cupê da marca, devido ao motor de lubrificação normal (e não a cárter seco). Os quatro faróis circulares, escamoteáveis, seguiam a tendência da época. Na traseira, bastante alta, havia uma terceira porta com um imenso vidro incorporado e amplas janelas laterais, que iluminavam o interior e evitavam a sensação de peso, comum em alguns cupês.

O interior de um Indy com volante à direita: volante de madeira, revestimentos de couro e painel que simulava um segundo quadro de instrumentos diante do passageiro

No interior luxuoso, com revestimento dos bancos em couro, aro do volante (um Nardi de três raios, como manda a tradição) e pomo do câmbio em madeira, o destaque era o painel simétrico, que simulava haver outro quadro de instrumentos diante do passageiro. Ali ficavam apenas o relógio e o logotipo Maserati, enquanto sete mostradores estavam à frente do motorista. O console alto e largo deixava a alavanca de câmbio próxima ao volante, como apreciam os italianos. Continua

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Data de publicação: 20/5/03

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