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Atendendo a pedidos

A Dodge lançou o utilitário Power Wagon para os
militares da guerra e acabou vendendo-o por 35 anos

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Diz a história que, ao retornar da Segunda Guerra Mundial, os oficiais americanos escreveram à Chrysler perguntando como poderiam ter um utilitário como o que haviam usado no conflito. E que a marca respondera lançando o Power Wagon, um misto de picape, jipe e caminhão que se tornaria um clássico, permanecendo em produção com o mesmo desenho básico de 1945 a 1968.

O Power Wagon combinava o estilo do utilitário militar para 750 kg, uma cabine fechada semelhante à do picape da série Dodge VC e uma frente que lembrava a do caminhão T234, também de 750 kg de capacidade, produzido pela Dodge para o exército chinês. O robusto pára-choque em duas partes impunha respeito. Os faróis circulares ladeavam a grade simples, o pára-brisa era bipartido (comum à época) e o estepe vinha na lateral direita.

Inspirado nos utilitários da Segunda Guerra Mundial, o Power Wagon é considerado o primeiro picape 4x4 de uso civil; no alto, a linha de 1964, com a perua à esquerda

O chassi com distância entre eixos de 3,20 metros recebeu uma caçamba de oito pés (2,43 m) de comprimento. A capacidade de carga era de 1.360 kg e, com carga máxima, o veículo pesava quase quatro toneladas. Seu nome, comenta-se, teria vindo de uma revista de utilitários homônima.

O motor inicial, o Dodge Truck T137, tinha seis cilindros em linha, válvulas laterais (daí a expressão flat head, ou cabeçote plano, em razão de não possuir as válvulas no cabeçote) e 230 pol3 de cilindrada (3,8 litros), desenvolvendo 91 cv (líquidos) a 3.600 rpm e 25,3 m.kgf de torque a apenas 1.200 rpm. Em 1961 era substituído pelo 251 (4,1 litros), de 115 cv a 3.600 rpm e torque de 28,6 m.kgf a 1.600 rpm.

Seu estilo era austero, típico de veículo militar; o motor de seis cilindros e 3,8 litros logo dava lugar a um de 4,1 litros, com 115 cv

A tração era integral, mas a dianteira podia ser desengatada quando não fosse necessária, e havia caixa de transferência para redução das quatro marchas. Interessante era o sistema que permitia, com a remoção das rodas traseiras, usar o picape como motor estacionário. As suspensões de eixo rígido tinham molas semi-elíticas e no interior havia amenidades como aquecimento, pára-sol -- só para o motorista --, limpador de pára-brisa elétrico e luz de cortesia... como opcional. Continua

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Data de publicação: 22/4/03

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