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O fracasso daquela tentativa não desanimou a Lamborghini. No Salão de Genebra de 1981, uma evolução do Silhouette era apresentada com o nome Jalpa -- um touro feroz, como a maioria de seus modelos. Ainda um estudo, externamente era muito semelhante ao carro anterior. Nesse conceito havia um spoiler integrado à traseira, eliminado na versão final. As rodas lembravam as do Athon, os pneus eram mais largos e o interior fora redesenhado, mas o motor ainda era de 3,0 litros.

No Jalpa P3500 de produção o V8 passava a 3.485 cm3, através de maior curso dos pistões. Mas a potência não crescia: apenas 255 cv a 7.000 rpm, indicando um motor mais "manso", com melhor distribuição de torque. De fato, o pico de 31,9 m.kgf chegava bem mais cedo, a 3.500 rpm. O câmbio de cinco marchas, a suspensão McPherson e as dimensões básicas da carroceria eram os mesmos do Silhouette, mas as rodas de 16 pol recebiam pneus 205/55 à frente e 225/50 na traseira.

Como além de menos potente o carro pesava bem mais, 1.510 kg, o Jalpa andava menos que o Silhouette: de 0 a 100 em 6 segundos e máxima de 234 km/h. Seus concorrentes mais diretos eram os Ferraris Mondial e 328 GTS, o Chevrolet Corvette, o Porsche 911 e o Lotus Esprit. Algumas mudanças de estilo vinham em 1984, como as tomadas de ar nas colunas traseiras pintadas na cor da carroceria e lanternas redondas, ao estilo Ferrari.

Três anos depois, a Lamborghini encomendava a Bertone uma versão conversível do Jalpa, que talvez pudesse fazer mais sucesso que o targa. Denominado Spyder, acabou mostrando uma desproporção entre o grande compartimento do motor e a pequena e a avançada cabine, o oposto do clássico estilo roadster. Apenas um exemplar foi construído.

Quando a Chrysler assumiu a marca do touro, vendidas em 1987, decidiu que o Jalpa não deveria ser mantido em produção. Com 410 unidades fabricadas até julho de 1988, ao ser descontinuado, foi o V8 de maior sucesso da Lamborghini. Contribuiu, claro, o fato de ser sido certificado para venda nos Estados Unidos. Para muitos ficou conhecido como o "baby-Lambo", apelido que já se está aplicando ao Gallardo, seu sucessor previsto para o próximo Salão de Genebra.