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Em 1935 o modelo evoluía para o T77a, com cilindrada ampliada a 3,4 litros e a potência a 75 cv. Tinha três faróis, sendo o central ligado à direção para iluminar as curvas. Até 1938 foram construídas 255 unidades das duas versões, protótipos incluídos. O engenheiro Ledwinka, insatisfeito com o peso excessivo da traseira, planejava algo menor e mais leve, o que veio ao mundo em 1936 como o Tatra T87.

O T87: um Tatra mais compacto e 330 kg mais leve, com motor V8 de alumínio ainda pendurado na traseira, exigindo cuidado nas curvas rápidas

O novo carro tinha um monobloco totalmente integrado e feito em aço, o primeiro da marca e um dos pioneiros da Europa. Mais curto, não conseguia o mesmo Cx do antecessor, mas exibia ainda surpreendente 0,251. Para aliviar o peso na traseira, o motor V8 era de alumínio e voltava a 3,0 litros, mas com 75 cv de potência. O carro todo pesava 330 kg a menos que o T77 e, graças ao perfil favorável ao ar, atingia 160 km/h de velocidade máxima.

O T87 era um ícone da tecnologia industrial e da riqueza arquitetônica da Tchecoslováquia no pré-guerra. Durante o conflito sua produção foi mantida em pequeno volume, pois Fritz Todt, inspetor geral do programa de auto-estradas alemão (Autobahn), declarou-o carro oficial para as novas rodovias. Curioso é que os oficiais germânicos adoravam o Tatra, mesmo depois de alguns perderem a vida em acidentes, causados pela instabilidade da traseira em curvas.

Os oficiais alemães gostavam muito deste Tatra, considerado o carro ideal para as famosas autobahnen, então em construção

Sua fabricação perdurou até 1950, tendo recebido pouco antes uma nova frente, com faróis mais integrados. Foram feitas 3.023 unidades, algumas utilizadas mais tarde para testes do novo modelo T603, lançado em 1955. Existiu também um T97, no final da década de 30, com o primeiro motor do mundo a reunir quatro cilindros horizontais opostos (boxer), refrigeração a ar e comando de válvulas nos cabeçotes. Com 1,75 litro, rendia 40 cv a 3.500 rpm.

O fim de sua produção foi ordenado por Hitler, incomodado com a similaridade com o Volkswagen, a ser apresentado em 1939. Logo após o início da guerra, a Tatra moveu 10 ações contra a empresa alemã por infringir suas patentes. Quando Porsche estava por fazer um acordo, o ditador alemão assumiu a questão, invadiu a Tchecoslováquia, tomou o controle da Tatra e encerrou a linha do T97, após apenas 508 unidades.

No T97 o motor era boxer de quatro cilindros e 1,75 litro. Hitler se incomodou com a semelhança com o VW e ordenou que sua produção fosse encerrada

O caso foi retomado após o conflito e a VW acabou aceitando pagar módicos três milhões de marcos, que nunca chegaram às mãos do engenheiro Ledwinka. A configuração mecânica adotada pelos T77 e T87 foi mantida nos principais modelos da marca, mesmo após a Segunda Guerra Mundial -- como os T600, T603 (leia história), T613 e T700.

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