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Os pneus eram 165-15 e, logo atrás de todos eles, havia pára-barros, que na Suécia como em toda a Europa estava mais para "pára-neve". Um acessório útil e apreciado pelos suecos. A suspensão com molas helicoidais trazia boa estabilidade. A carroceria se inclinava pouco em curvas e seu comportamento lembrava carros maiores e mais potentes.

A perua P220 era derivada do conhecido sedã. Tinha cinco portas e tampa traseira bipartida, em que parte se abria para cima e parte para baixo

Por dentro o painel, na parte mais alta, era acolchoado. Na parte mais baixa havia metal na cor da carroceria. O velocímetro tinha leitura horizontal e um conta-giros redondo ficava à esquerda. O freio de estacionamento também estava desse lado. O volante de bom diâmetro tinha dois raios e aro de metal central para acionamento da buzina.

Em 1962, a Volvo recebia seu primeiro prêmio de segurança por causa do cintos de três pontos. E não pararia de receber outros por suas ótimas idéias, tanto de segurança ativa quanto passiva. Ainda nesse ano, a opção de carrocerias tornava-se mais ampla: chegava um harmonioso cupê e a perua P220, de cinco portas. Esta voltava a ter a pintura em duas cores e a tampa traseira abria-se em duas partes, com articulação horizontal. Todos tinham boa área envidraçada e por isso ampla visibilidade. 

Junto da perua era lançado o cupê da linha, depois denominado 123 GT. Este modelo de 1967 tinha teto solar, faróis de longo alcance e o motor de 115 cv do Volvo 1800 S

Em 1964 o P121 ganhava opção de caixa automática de três marchas, da marca Borg Warner, e todos recebiam um revestimento de bancos e portas mais moderno e bonito. Os assentos, mais anatômicos, tinham medidas baseadas em recomendações de médicos especializados. A preocupação com conforto e segurança era constante.

Dois anos depois, o motor do P122 S chegava a 100 cv a 5.700 rpm, permitindo que chegasse a 100 km/h em 13,5 s e à velocidade final de 165 km/h. O cupê, denominado 123 GT Coach, recebia o motor 1,8-litro do modelo esportivo 1800 S, de 115 cv a 6.000 rpm, ganhava rodas esportivas, volante de três raios e faróis de longo alcance. A caixa overdrive passava a ser de série, para economia de combustível.

A introdução dos cintos de três pontos, visíveis nesta foto, foi um marco para o P121/122, dada a famosa preocupação da Volvo com a segurança

Em 1968 o quatro-portas deixava de ser fabricado e, um ano depois, a perua. Restava apenas o cupê, que recebia motor de 1.990 cm3 e 118 cv, servofreio de série e trava de volante acionada pela chave. Seus concorrentes na Europa eram o inglês Rover 2000, os franceses Peugeot 404 e Citroën DS e o italiano Lancia Flavia. Em julho de 1970 terminava sua produção, depois de 667.323 unidades.

O P121/122 foi o modelo que deu entrada à era moderna da Volvo, sendo praticamente seu primeiro três-volumes. Cedeu lugar à série 140, que aproveitou vários de seus conceitos de segurança. Atualmente o P122 S é figura constante nas provas da categoria VHC (Veículos Históricos de Competição) na Europa. E seu fã-clube, dentro e fora dos países nórdicos, é grande. 

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