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Este modelo, denominado JS2, tinha o mesmo motor do Citroën SM. A colaboração da grande fábrica francesa foi duradoura, até o final da produção do pequeno esportivo, o que encorajava novos compradores. O seis-cilindros em V de alumínio, originário da italiana Maserati, tinha 2.670 cm3, duplo comando de válvulas, desenvolvia 170 cv e ficava em posição central-traseira. Usava três carburadores Weber de corpo duplo. O mesmo motor equipava também o Maserati Merak, mas com afinação diferente.

O motor Maserati V6 tinha duplo comando e três carburadores Weber. A versão inicial era de 2,7 litros e 170 cv, mais tarde elevados a 3,0 litros e 195 cv

O câmbio, de relações curtas, tinha cinco marchas e a tração era traseira. A velocidade final era de 240 km/h. A suspensão independente nas quatro rodas combinava conforto e estabilidade. Os pneus, com bonitas rodas de quatro raios trapezoidais, tinham a medida 195/70-14 na dianteira e 225/70-14 na traseira. Por volta de 50 modelos foram construídos nesta configuração.

Em 1972 seu único sucesso em competições, com o motor V6, foi no Rali de Bayonne, cidade de origem basca no sul da França. Tirou o primeiro lugar nas mãos de Jean François Piot. No ano seguinte a cilindrada e a potência eram aumentadas: passava a 2.965 cm3 e 195 cv a 5.500 rpm, com torque de 24,5 m.kgf a 4.000 rpm. Os freios, a disco nas quatro rodas, eram provenientes do sedã CX da Citroën. A máxima chegava a 247 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h era feita em 8,7 s. Números ameaçadores para GTs bem mais famosos.

O carro era bom de curvas, com leve tendência de sair de traseira. Seus concorrentes em preço e desempenho eram o Porsche 911 S, o Ferrari Dino 246 GT e o Lamborghini Urraco P200. Contrariando a maioria dos esportivos, o acesso ao interior era muito bom. Por dentro, instrumentação completa. A maioria dos equipamentos era de origem Peugeot. O volante de três raios, cuja direção não tinha assistência, ficava próximo da alavanca de câmbio, de posição alta devido ao túnel central, o que facilitava a condução esportiva. Os bancos de encosto alto acomodavam com muito conforto dois adultos.

Por dentro, um completo painel e a alavanca de câmbio bem alta, próxima ao volante, o que facilitava a direção esportiva

Para a 24 Horas de Le Mans foram preparadas versões mais potentes. Por fora era visível o enorme aerofólio traseiro, grande entrada de ar no final da capota e saias dianteiras. Era patrocinado pela companhia petrolífera Total e seu motor Maserati tinha quatro válvulas por cilindro e 330 cv. Nesta famosa prova não obteve muito sucesso, mas venceu na maioria das regionais. Em junho de 1975, equipado com um motor Ford Cosworth V8, obtinha o segundo lugar geral em Le Mans, pilotado pela dupla Jean-Louis Lafosse e Guy Chasseuil. Deixou muito Porsche Carrera RS para trás.

Pouco antes, por causa de dificuldades financeiras da Citroën, a produção em série do modelo de rua havia sido interrompida, deixando saudades em muita gente na França. As últimas mudanças foram a introdução de faróis escamoteáveis, faixas laterais de gosto duvidoso e outros pequenos detalhes.

Na Volta da França Histórica (Tour Auto Historique), em 2000, que envolveu automóveis de várias marcas célebres antigas, o JS2 que correu em Le Mans em 1975 foi pilotado por Jean Claude Andruet. Também participou das edições de 2001 e 2002, desfilando seu bonito desenho por eventos de carros antigos.

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