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Motos do Passado

Lançada em 1978, era a moto mais potente do mundo. Com 105 cv a 9.000 rpm e 8,6 m.kgf de torque a 8.000 rpm, superava tanto a Kawasaki Z 1000 quanto a Yamaha XS 1100 e a Suzuki GS 1000, todas de quatro cilindros apenas, com duplo comando e duas válvulas por cilindro.

A Honda não pretendia ingressar na guerra dos cavalos, mas não teve opção: demonstrou sua capacidade técnica com a CBX 1000, uma seis-em-linha de 24 válvulas, seis carburadores e a maior potência já vista numa moto de rua até então

Embora a Honda não se dissesse interessada nessa guerra de alto desempenho -- "esperamos que chegue ao fim essa escalada de potência", disse Zenya Nakajimi, gerente geral da divisão Europa --, não poderia deixar de demonstrar sua capacidade técnica como líder mundial do mercado. E o fez com primor: a revista americana Cycle escreveu que "é a mais exótica e carismática moto que já testamos".

O motorzão de 1.047 cm3 foi desenhado pelo mesmo engenheiro, Shoichiro Irimajiri, que projetara as Hondas de seis cilindros de competição da década de 60 (leia boxe abaixo). Se uma 250 vencera corridas, por que não quadruplicar o tamanho dos cilindros e criar uma supermoto de rua?
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Painel completo, duas lâmpadas de freio, freio dianteiro a duplo disco e os belos escapamentos 6-em-2 chamavam a atenção, mas a suspensão de duas molas e os estreitos pneus não estavam à altura
Tudo começou nas pistas
A primeira moto de seis cilindros de que se tem notícia foi construída para competição. Entre 1959 e 1967, em sua primeira fase nas pistas, a Honda fabricou pequenos motores de quatro tempos que atingiam regimes de rotação ainda hoje impressionantes. A categoria de 50 cm3 do Mundial de Velocidade foi disputada com uma dois-cilindros com duplo comando no cabeçote e limite de 20.000 rpm, enquanto a classe 125 teve um quatro-cilindros de 25 cv, capaz de atingir 16.000 giros.
Na categoria 250 o piloto Jim Redman, também com quatro cilindros, fez boas brigas com a Yamaha RD 56 a dois tempos de Phil Read. No último GP da temporada, em Monza, Itália, Redman precisava vencer para levar o título: foi quando estreou uma 250 de seis cilindros, com duplo comando e refrigeração a ar. Cada cilindro tinha apenas 41,6 cm3 de cilindrada, menos que num ciclomotor. Compacto, seu ruído a 17.000 rpm -- contam os presentes -- era inesquecível.

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