Além dos que chegaram às
ruas, João Gurgel desenvolveu muitos outros veículos. Alguns não
passaram da fase de protótipo; outros tiveram poucas unidades
vendidas. Eis uma coletânea desses casos.

BR-Van
Em um conceito próximo ao das microvans japonesas e
coreanas, das quais a Asia Towner seria a mais conhecida no
Brasil, a Gurgel expôs na Feira Nacional do Transporte (Transpo)
de 1989 esta versão monovolume do BR-800, a BR-Van. De linhas
simpáticas, seria uma opção 100% brasileira em um segmento
inédito, inferior ao da Kombi e que só seria explorado na década
seguinte por modelos importados. A mecânica era a mesma do
carrinho, com dois cilindros e 800 cm³. A Van, contudo, não
passou da fase de protótipo.

Elétricos
Gurgel desenvolveu o primeiro carro nacional movido a
energia elétrica em 1974. O projeto evoluiu para o Itaipu de
1975 (acima). |
A proposta de um carro
urbano elétrico estava em sintonia com muitos estrangeiros que
seriam apresentados nos anos 90, mas a Gurgel só obteve certa
viabilidade desse tipo de motorização em utilitários: o E-250,
versão picape elétrica do pequeno Xef, e o furgão E-400, que
vendeu poucas unidades e serviu de base para o G-800 a gasolina.

GTA
Um catálogo da Gurgel em 1979 mostrava o protótipo de "um novo
conceito em transporte". GTA era sigla para Gran Turismo
Articulado, isto é, um carro de três lugares com linhas
esportivas ao qual podia ser atrelado um reboque com grande
capacidade de bagagem. Assim, seria possível rodar na cidade com
menores dimensões e peso e recorrer ao módulo adicional apenas
quando necessário.
Cruiser
Um furgão G-800 foi bastante alongado para se tornar um
utilitário de transporte executivo, com até oito lugares ou um
interior luxuoso para menos passageiros. A distância entre eixos
cresceu 90 cm, passando as 3,10 metros, e havia duas portas
laterais traseiras apenas no lado direito. Precário era o
desempenho com motor Volkswagen "a ar" de 1,6 litro.

Supermíni 1995
Com o relativo sucesso do Supermíni, a empresa fez evoluções
e atualizações no modelo, previstas para a linha 1995. Como
mostra a foto deste protótipo, a traseira seria mais vertical
para ganho em espaço de bagagem, haveria um amplo teto solar (a
ventilação interna era um de seus problemas) e barras como as de
um bagageiro de teto. Consta que apenas três unidades foram
construídas, pois a empresa faliu antes de seu lançamento. |