Diz-se que o brasileiro tem memória curta, que não dá a devida importância a sua história. Não faltam exemplos, a começar por nosso mundo do automóvel: raridades abandonadas, fabricantes que não mantêm condições de conservação de veículos antigos e, sobretudo, que não preservam sua própria história -- são raros os casos de nacionais pioneiros conservados para a posteridade pelas próprias marcas.
Nós do BCWS há três anos fazemos nossa parte para mudar esse quadro. A cada mês publicamos no mínimo seis artigos (dois amplos, em
Carros do Passado, e quatro menores, na subseção Páginas da História) que relatam as origens e a evolução de automóveis nacionais e estrangeiros, dos mais populares -- como o artigo de 10 páginas do
Fusca -- aos menos conhecidos. Sem falar nas coberturas que temos publicado dos principais eventos do setor.
O sucesso da seção, em particular quando se tratam de carros brasileiros, é um indicativo de que não falta interesse no tema -- faltam, isso sim, iniciativas para despertá-lo. Quantas publicações, eletrônicas ou não, trazem esse tipo de conteúdo? Quantos grandes automóveis do passado são desconhecidos pela maioria, por falta de divulgação?
Há semanas enfocamos o Brasinca 4200
GT/Uirapuru, símbolo de um tempo em que a vontade de criar era maior que as dificuldades, levando uma empresa que nem fabricava automóveis a desenvolver um respeitável grã-turismo. Nesta edição trazemos mais uma peça importante nesse grande painel que é a história da indústria nacional: o
Toyota Bandeirante, um pioneiro que atravessou gerações e chegou a nossos dias, despedindo-se em novembro último.
E as motos não ficaram de fora. Começamos pela Yamaha RD 350 e vamos prosseguir por outras nacionais de relevo -- a próxima é a Honda CB 400/450.
No que depender do BCWS, a memória do brasileiro pode até não ser das mais
longas -- mas pretendemos sempre refrescá-la com artigos sobre grandes carros e motos do passado.
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